quinta-feira, 23 de julho de 2020

Sexta na Usina: Poetas da Rede: Francisco Baia: A MORTE QUE VEM DE DENTRO DA VIDA:


Sob os olhos da insensibilidade,

Da impunidade, do mundo, a nossa

Vida e futuro queimam desastrosamente, e

Minha mente teima em me desmentir mostrando

Que é normal, sazonal, coisa e tal... mas, são meus

Meus pulmões e minhas futuras gerações que morrem

De formal cruel, de forma letal.

O verde que encantava o planeta, escondendo

Seus habitantes da fúria humana, se esvai em fumaça

Tóxica, o que fica, não fica pra contar a história, pois

Perecem antes mesmo de encontrar um abrigo, a morte

Está espalhada por todo lado, só se ouve o assovio do vento

Frio que anuncia a aproximação da profecia, tudo jaz em gás.

A imagem pode conter: uma ou mais pessoas, pessoas andando e atividades ao ar livre

O profeta do mal, antítese de um texto mal redigido, ruge

No topo da montanha, vociferando ódio, violência e insanidade,

Faz parte da sua degustação.

Sobras, restos de incompetência se espalham pelo chão, deixando

Que animais famintos de poder se saciem loucamente, tornando-os

Cegos, sem nada ver, pois pra esses, o errado está certo,

o certo é absurdo, e a culpa é dos passageiros do passado obscuro.

Eu, frágil menino de rua, nada posso fazer

a não ser lamentar, pois só queria sair pra brincar com meu cachorrinho,

que assustado se atirou no rio com medo de morrer queimado,

porém se esqueceu que não sabia nadar e morreu afogado,

triste sina de nós todos, entramos num beco sem saída.

Francisco Baia.


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