
A distância cria n’lma
a ânsia da solidão, dilacerando
as forças do coração, que aos poucos
se amofina, e se afina com o dito da
exclusão, nisso eu acredito.
Dói saber que as vezes quem te faz
sorrir, quem abre teus braços,
quem
solta tua felicidade... estar bem próximo,
estático, apático, nisso eu acredito.
Quando os olhos marejam vendo
o tempo passar em velocidade, levando
sob as asas sonhos, projetos, expectativas,
em direção do infinito, sem que haja nenhuma
reação de quem sente essa ação, está
declarado o veredito, o abismo chama
essa dor sem solução, nisso eu acredito.
Quando a porta permanece entreaberta,
o quarto a meia-luz, o som ambiente e
caliente , apenas sobre a alcova um corpo
ávido de prazer, a espera do seu bem-querer,
e nada enfim acontece, a não ser, o sussurro da
noite que impetuosamente sangra uma’lma
doente de amor, e este, mesmo no chão se ver
agradecido por sentir esse sentimento bendito,
nisso sim eu acredito.
Francisco Baia
Nenhum comentário:
Postar um comentário