sábado, 23 de abril de 2022

Domingo na Usina: Biografias: Florinda Meza:


Florinda Meza García Gómez Bolaños[2] (Juchipila, 8 de fevereiro de 1949) é uma atriz, cantora, roteirista, diretora, produtora, locutora e dançarina mexicana. Tornou-se mundialmente famosa por ter interpretado diversas personagens dos seriados de Chespirito, sendo Dona Florinda e Pópis as mais conhecidas. 
É viúva de Roberto Gómez Bolaños, com quem viveu por 44 anos (desde 1971 até sua morte em 2014), embora só tenha se casado oficialmente em 2004, quando adotou o sobrenome Gómez Bolaños. É filha de Emília García Valero e Hector Meza Solano, sendo a irmã mais velha de Hector Meza García e Esther Meza García. No Brasil, a voz de sua personagem Dona Florinda é dublada por Marta Volpiani. 
Biografia e carreira artística 
Nascida e criada na cidade de Juchipila, no estado de Zacatecas, México, teve uma infância difícil: Com a separação de seus pais, que, muito pobres, não puderam ficar com os filhos, e assim, Florinda, Hector e Esther tiveram de ser criados pelos avós, mas eles eram pouco cuidadosos e faziam ela e os irmãos sofrerem necessidades e humilhações. Isso desencadeou em Florinda uma personalidade forte e determinada a mudar sua situação de vida.[3] 
Guarda uma péssima recordação de infância: Antes da separação dos seus pais, Florinda morava com os irmãos, o pai e a mãe, como toda família, mas sua mãe passou a apresentar um comportamento diferente e foi constatado que ela sofria de esquizofrenia. Florinda contou essa triste história em um programa exibido pela rede mexicana Azteca - chamado "Histórias Engarzadas": Florinda Meza, que encarnou a personagem Dona Florinda, do humorístico Chaves, esclareceu algo que era um dilema para muitos dos seus fãs: A mudança no desenho do seu nariz. Segundo relatou, a sua mãe sofria de problemas neurológicos e, em uma crise violenta, jogou-lhe um ferro de passar, que quebrou o osso do seu nariz. Na época, ainda criança, Meza teve de ser submetida a uma cirurgia. Já adulta, a atriz teve problemas respiratórios, por sequelas daquela lesão, e passou por diversas cirurgias.[4] 
Na adolescência começou a perceber seu grande gosto e talento para artes cênicas. A sua vocação artística aflorou cedo e para concretizar seu sonho, foi à procura de emprego e trabalhou como modelo de comerciais para televisão por um período e depois como secretária em um escritório, para pagar os seus estudos, no caso o curso profissionalizante de artes dramáticas, na ANDA (Asociación Nacional de Actores).[3] 
Nessa época, sua avó já era viúva, e repentinamente faleceu. Florinda sofreu muito mais que já havia sofrido, pois sua mãe estava internada em um hospício, e para piorar a situação, não tinha mais notícias de seu pai, que após a internação de sua mãe, foi embora com outra mulher. Sozinha e ainda jovem, teve de sustentar e criar os dois irmãos ainda crianças. Ela exerceu um verdadeiro papel de mãe para eles, já que era bem mais velha que os dois. Isso a fez lutar ainda mais por melhorias em sua vida profissional, e estava empenhada, fazendo curso de teatro e para pagar sua formação teatral, trabalhava com vendas no comércio mexicano. Ela sustentava os irmãos, cuidava, brigava e orientava, e os criou como seus filhos. 
A sua evidente capacidade histriônica, ou seja, uma personalidade muito dramática, viva, forte e intensa, começou a ser percebida em seu curso de teatro. Além de uma capacidade incrível de decorar textos e atuar, ela passou a fazer aulas de dança e canto e conseguiu com muita facilidade dançar, cantar e interpretar ao mesmo tempo, para grande admiração dos professores. 
Ao perceber seu grande talento, os professores passaram a enviar o nome dela para grandes empresas no ramo artístico e eis que em 1968 ela conhece o empresário e ator Roberto Gómez Bolaños, que lhe fez um inesperado convite: integrar-se à sua equipe de atores. Chespirito, como é conhecido, a convidou para trabalhar com ele em programas humorísticos que estava escrevendo. Atuar na TV com atores famosos seria um grande avanço na carreira de Florinda. 
Florinda Meza caracterizada como Doña Florinda para o seriado El Chavo del Ocho. 
A partir de então, tornou-se a estrela feminina dos programas, realizando diversas caracterizações. O seu primeiro trabalho com Chespirito foi em um esquete de "Don Juan Tenorio". Depois, interpretou a imortal Dona Florinda e a famosa Chimoltrúfia, a vizinha do Pancada, a enfermeira do doutor Chapatin e várias "mocinhas" no quadro do Chaveco. Mais tarde, a sua sobrinha Pópis. Nos episódios de Chapolin Colorado, quase sempre fazia o papel da mocinha. 
Vida Pessoal 
Em 1977, Florinda e Bolanõs assumiram que estavam morando juntos. O anúncio foi feito numa viagem que fizeram ao Chile com o elenco de atores para participar de mais uma gravação na TV. Roberto e Florinda não tiveram filhos pois antes de conhecê-la, ainda casado com sua primeira esposa, Roberto havia realizado uma vasectomia irreversível, pois não desejava mais ser pai. Florinda sofreu muito ao saber disso, mas superou sua vontade de ser mãe participando da vida dos irmãos, que criou como filhos, e também dos sobrinhos, que ajudou seus irmãos a cuidar, e também conviveu de forma próxima com os filhos mais novos de Roberto, além de passar a se dedicar integralmente e intensamente a seu trabalho de atuar, cantar e dançar, sempre muito bem visto e apreciado. Como tinha tempo para se dedicar as atividades profissionais, se especializou, fazendo cursos e faculdades, e se tornou roteirista de cinema, produtora cultural e locutora em telenovelas e rádios.[5] No dia 19 de novembro de 2004, Florinda e Roberto oficializaram sua união em um cartório, e comemoraram com uma grande festa num restaurante da Cidade do México.[6] 
Boatos insinuaram que graças à paixão pela mesma mulher, Florinda, Roberto Gómez Bolaños e Carlos Villagrán, amigos de muitos anos, deixaram de se falar e não mantiveram nenhum contato por 20 anos, até se encontrarem novamente em uma homenagem feita pela emissora Televisa ao mestre Chespirito. Roberto sentia ciúmes de Carlos, visto que Florinda, antes de conhecer Roberto, foi namorada de Carlos, e o deixou para ficar com Roberto, o que abalou a relação de amizade entre eles. [7] Entretanto, fatos e entrevistas dão conta de que a saída de Villagrán do programa se deu pela noção do ator de que seu personagem, Quico, era o mais popular da série e que, em carreira solo, poderia fazer mais sucesso que a série original. Apesar disso, nenhuma das séries realizadas por Villagrán após sua saída do elenco original de Chaves teve sucesso e o ator somente é lembrado pelos curtos anos de trabalho com Chespirito graças às reprises de Chaves na América Latina. 
Florinda trabalhou em todos os cinco filmes de Chespirito, assim como na peça de teatro escrita por ele, "Títere" (1984), onde fazia o boneco Pinóquio. Participou também do programa Chespirito a partir de 1980 com personagens nos quadros de Los Caquitos (Chômpiras) onde interpretava a personagem Chimoltrúfia; em Los Chifladitos (Chaparron), onde era a Vizinha, além de "El Doctor Chapatín" (Dr. Chapatin), onde interpretava a Enfermeira. Chimoltrúfia obteve grande destaque devido às diferenças de características com Dona Florinda, e por tornar mais explícito seu talento como atriz. Dado o enorme sucesso dessa personagem, Florinda Meza lançou no mercado a revista semanal da Chimoltrúfia, que alcançou grande êxito editorial. 
Começou a estudar para ser escritora e diretora de produções artísticas e mais uma vez obteve sucesso com novelas como "María de Nadie" (1985), "Milagro y Magia" (1991, onde também atuou), "La Dueña" (1995) e "Alguna Vez Tendremos Alas" (1997). Também atuou por mais de oito anos consecutivos no sucesso de teatro "11 y 12" - mais uma vez ao lado do marido. Chimoltrúfia foi a personagem que mais lhe dava prazer de interpretar. 
Florinda havia parado suas atividades profissionais para cuidar de seu marido acamado, devido à idade avançada e à saúde fragilizada dele. Atualmente, viúva e morando sozinha, continua a se dedicar a uma enorme variedade de projetos culturais, viajando o mundo para direcionar eventos e dar entrevistas. Declarou em entrevistas que mesmo recebendo a visita de seus irmãos e sobrinhos, e até dos filhos e netos de seu falecido marido, sente-se muito sozinha, com enormes saudades de seu único e grande amor, Roberto. 
Produtora 

Alguna vez tendremos alas (1997) 

La dueña (1995) adaptada no Brasil como "Amor e Ódio" (SBT) 

Milagro y magia (1991) 

María de nadie (1985) 

Telenovelas e filmes 

Dulce Família (2019) - Verónica Trujillos[8] 

Mulheres Assassinas (2010) - Dona Laura 

Musica de Viento (1988) - Valentina 

Charrito (1985) - Filha do Xerife 

Don Ratón y Don Ratero (1983) - Atadolfa 

El Chanfle 2 (1982) - Tere 

El Chanfle (1979) - Tere 

Chaves (1973-1992) - Dona Florinda e Pópis 

Chapolin Colorado (1970-1992) - Várias personagens 

Representando Chimoltrúfia Florinda Meza interpretou também a personagem Chimoltrúfia em Chompiras, onde os personagens aparecem como ex-ladrões regenerados. Ela diz que esse foi um de seus papéis preferidos. 
O nome completo da Chimoltrúfia é Maria Expropriação Petronilha Laspurian Torquemada de Botijão ou em espanhol María Expropiación Petronilla Lascurain y Torquemada de Botija. Chimoltrúfia é uma mulher de mais ou menos trinta e cinco anos, de classe social baixa, trabalhadora, sustenta a família. É muito honesta, respeitável, exigente e convicta. É sonhadora, idealista e vive feliz sem esperar nada dos outros, só espera ter saúde, um bom emprego que lhe permita viver do seu trabalho e talvez, de repente, tenha a sorte de algum dia ser contratada como cantora, porém canta muito mal e acha que canta muito bem. Ela é otimista, pura, ingênua e com uma marcante ignorância, que às vezes parece criança. Tem também um imenso sentido de justiça e sempre defende as coisas nobres e ajuda os inválidos na medida possível. 
Roupas características: vestido simples; de manga curta e decote redondo, marrom de florzinhas azuis e também usa um avental amarelo.Usa meias velhas e coloridas.Os sapatos são brancos, rasteiros. 
Frases características: "Por que eu vou dizer que não se é sim?"; "O que está pretendendo tratar de querer insinuar?"; "Olha, você vai me desculpar, mas você sabe que quando eu falo uma coisa, eu falo outra, assim é tudo na vida, tem coisas que eu nem sei! Eu tenho ou não tenho razão?" 
No Brasil 
Em fevereiro de 2015, Florinda Meza veio ao Brasil pela primeira vez para dar uma entrevista no Programa do Ratinho sobre a morte de Chespirito. Foi a primeira entrevista dela após a morte do marido. A entrevista foi exibida ao vivo no dia 25 de fevereiro de 2015. [9] Florinda também deu uma entrevista para Celso Portiolli no Domingo Legal.fonte de origem:

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