quinta-feira, 13 de agosto de 2020

Sexta na Usina: Poetas da Rede: Fábio Clemente:

 

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Foi no domingo de sol, nesse último verão, eu e Lara, no barco do amor, navegamos no mar azul, cheio de esperança, com juras de amor. 
Havia brisa fresca, nos envolvendo, despertando sede de amar sem limite, de maneira selvagem, loucamente. 
Lara com a cabeça no meu ombro, à vista suas coxas nuas, roçavam às minhas, nossos corpos tremiam em excitação, desejando mais sexo, ali mesmo. 
O lastro do barco, imitando cama de lençóis de cetim, molhados de orgasmos, cena inesquecível daquele verão de muito amor, muita paixão. 
Eu penetrava também no olhar de Lara, o vento agitava nossas almas, envolvidas na brisa marinha, era tudo vida, até então por nós não vivida. 
Lara com seu beijo, entrançava a língua á minha, sentíamos o mel do amor frenético, ali eternizado. 
O sorriso de Lara, expondo sua boca, como colar de raras pérolas, me deixava em êxtase. Uma tentação... 
A eternidade se fazia presente naquele instante mágico de amor maior. Infinito... 
Remamos de volta, sem relógio de tempo, avistamos um casal de golfinhos emergindo para acasalar, sendo a boia marítima, seu quarto de núpcias. 
O mundo da gente era o barco, a vida ilimitada, os corpos gemiam de tanto gozo, no cúmplice silêncio do mar. 
Guardo na memória a excitação dos golfinhos e o sorriso de Lara, seu olhar dentro do meu, amor exacerbado, fluía dos poros a doce e quente paixão. 
Espero um novo e apaixonado verão, com Lara. 
Salve a volta de Lara e o barco do amor!

Gravatá-Pernambuco, Agosto/2020.

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