Aproximava-se o
dia do regresso dos rapazes. Todo aquele mês havia sido de festas, de
homenagens aos bravos soldados conterrâneos. E à medida que se escoavam as
horas, mais se confrangia a alma de Maria Inácia. O seu coração não se saciava
de acariciar o filho. As noites, levava- as acordada, passando-lhe as mãos
pelos cabelos, cobrindo-o com o lençol, beijando-lhe a cabeça adormecida. Nos
primeiros dias, estava certa de que a Senhora das Dores consideraria uma
loucura a promessa que lhe fizera, e a perdoaria. Pouco a pouco, porém, a
proporção que se aproximava o dia do regresso, foi a su'alma se inquietando.
Prometera dar a sua vida pela do filho, se ainda o abraçasse uma vez. Deus o
trouxera aos seus braços, ao seu carinho, à sua presença. Devia cumprir o voto?
E, se não cumprisse,
Deus não a castigaria no
coração, arrebatando-o ao mundo, nos novos combates em que tomasse parte?
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