quarta-feira, 30 de novembro de 2022

Poesia de Quinta na Usina: Cruz Sousa: VANDA:

 


 


Vanda! Vanda do amor, formosa Vanda, Macuama gentil, de aspecto triste, 
Deixa que o coração que tu poluíste Um dia, se abra e revivesça e expanda. 
Nesse teu lábio sem calor onde anda A sombra vã de amores que sentiste Outrora, 
acende risos que não viste Nunca e as tristezas para longe manda. 
Esquece a dor, a lúbrica serpente 
Que, embora esmaguem-lhe a cabeça ardente, Agita sempre a cauda venenosa. 
Deixa pousar na seara dos teus dias A caravana irial das alegrias 
Como as abelhas pousam numa rosa.

Nenhum comentário:

Postar um comentário