sábado, 20 de março de 2021

Domingo na Usina: Biografias: Francisco Sanches:


 
Francisco Sanches (Tui, batizado Braga, 1550 — Toulouse, 16 de novembro de 1622) foi um filósofo, médico e matemático português.[1]
Nasceu no território pertencente à diocese de Braga. Filho de pais judeus, em 25 de Julho de 1551, com menos um ano de idade, foi convertido ao cristianismo através do baptismo na Igreja de São João do Souto da mesma cidade.
Sua casa em Toulouse
Francisco Sanches, médico e filósofo português cristão-novo, nasce cerca de 1551 “in civitatae Tudensi” (inserto na matrícula da Universidade de Montpellier), assim o declara, ter nascido em Tui – natus incivitate tudensi – ou possivelmente mais seguro, português de nascimento segundo assento do seu baptismo 1, na jurisdição da diocese de Braga: “Aos vinte e cinco dias de Julho baptisei Francisco filho de Antonio Sanches fisico e de sua molher Filipa de Sousa padrinho o Comendador Antonio del Castilho e madrinha Maria Gonçalves molher do Licenciado Manoel Aranha moradores na rua do Souto”. Isto pode explicar em parte a questão da sua naturalidade, embora ele se confesse hispanus, tal como Pedro Hispano (Papa João XXI) a si próprio se referia como antropónimo, trezentos e cinquenta anos antes.
Como se descreve, é filho de António Sanches e de Filipa de Sousa, baptizado a 25 de Julho de 1551, na primitiva igreja paroquial de São João do Souto, tendo em Braga efectuado os seus primeiros estudos no colégio jesuíta de S. Paulo, onde terá tomado contacto com as primeiras fontes de conhecimento do homem e domundo.
Não é despiciente pensar no papel fundamental do pai, médico prestigiado, como tutor e conselheiro nos primeiros anos de estudo do filho.
Com 12 anos saiu de Portugal e foi para Bordéus, onde se matriculou e frequentou o famoso colégio de Guiana, que era um foco intenso de renovação intelectual, em que influíam o Renascimento italiano e o reformismo religioso.
Em 1569 saiu de Bordéus para a Itália. Seguiu ali estudos de medicina, aprendendo a investigar em cadáveres. Mais tarde, de novo em França, prosseguiu essa prática no hospital de Toulouse, onde foi director dos serviços médicos durante mais de trinta anos.
Em 1573 matriculou-se na Faculdade de Medicina de Montpellier e, dois anos depois, fixou residência em Toulouse, onde permaneceu até ao fim da vida, ensinando medicina, tendo sido considerado nesta universidade um dos mestres mais ilustres. Como homenagem póstuma foi colocado o seu retrato num dos ângulos da sala dos Actos e lá permanece. Também Braga não o esqueceu, levantando-lhe uma estátua e dando o seu nome a uma escola.
Autógrafo no Diploma da Universidade de Mompilher
Além de médico foi também um eminente filósofo: contestou a filosofia de Aristóteles e o pretenso saber da escolástica, mostrando o falível do testemunho dos sentidos, denunciando a ineficácia dos métodos tradicionais e tentou definir o seu próprio ideal de conhecimento.
Francisco Sanches, foi considerado um filósofo céptico, explorou a situação epistemológica do homem e tentou mostrar que as reivindicações do conhecimento do homem em todas as áreas do conhecimento levantavam muitas dúvidas. O seu pensamento é frequentemente apresentado como precursor da crítica gnoseológica cartesiana e do experimentalismo de Bacon.
A sua obra principal saiu na I edição (Lyon, 1581), com o título "Quod nihil scitur" (Que nada se sabe), mas a II edição (Frankfurt, 1618), trouxe o título mais condicente com o seu pensamento: "De multum nobili et prima universali scientia quod nihil scitur".
Além deste e de muitos outros trabalhos filosóficos, que constituem a magnífica "Opera médica".
Tem uma Rua com o seu nome em Lisboa e um largo com o seu nome no Laranjeiro - Almada.
Foi impressa uma nota de 500$00 Chapa 11 de Portugal com a sua imagem.
Ascendente de António Nunes Ribeiro Sanches.
Estátua de Francisco Sanches, em Braga, Salvador Barata Feyo.
Obra

Carmen de Cometa. 1577.

Quod nihil scitur. 1581.

De divinatione per somnum, ad Aristotelem. 1585.

Opera Medica. 1636, mit folgenden Teilen:

De Longitudine et Brevitate vitae, liber.

In lib. Aristotelis Physiognomicon, Commentarius.

De Divinatione per Somnum.

Quod Nihil Scitur, liber. Tractatus Philosophici. 1649.

fonte de origem:

Nenhum comentário:

Postar um comentário