sábado, 6 de março de 2021

Domingo na Usina: Biografias: Herberto Helder de Oliveira:

 



Herberto Helder de Oliveira (Funchal, São Pedro, 23 de novembro de 1930 – Cascais, Cascais, 23 de março de 2015[1]) foi um poeta português, considerado por alguns o "maior poeta português da segunda metade do século XX" [2] e um dos mentores da Poesia Experimental Portuguesa.
Filho de Romano Carlos de Oliveira (Funchal, Monte, baptizado a 26 de Novembro de 1895) e de Maria Ester dos Anjos Luís Bernardes (c. 1900 - 1938), tinha duas irmãs, Maria Regina e Maria Elora. Herberto Hélder nasceu no n.º284 da Rua da Carreira, numa casa que pertencia à família do cientista e naturalista madeirense Adolfo César de Noronha.
Casou duas vezes: com Maria Ludovina Dourado Pimentel (de quem tem uma filha, Gisela Ester Pimentel de Oliveira, por casamento Lopes da Conceição) e com Olga da Conceição Ferreira Lima.
Foi pai do jornalista Daniel Oliveira, nascido da relação que teve com Isabel Figueiredo.
Biografia
Frequentou a Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, tendo trabalhado em Lisboa como jornalista, bibliotecário, tradutor e apresentador de programas de rádio. Viajou por diversos países da Europa realizando trabalhos corriqueiros, sem nenhuma relação com a literatura e foi redactor da revista Notícia em Luanda, Angola, em 1971, onde sofreu um acidente grave. Também foi um dos colaboradores da efémera revista Pirâmide [3] (1959-1960).
É considerado um dos mais originais poetas de língua portuguesa. Era uma figura misantropa, e em torno de si pairava uma atmosfera algo misteriosa uma vez que recusava homenagens, prémios ou condecorações e se negava a dar entrevistas ou a ser fotografado. Em 1994 foi o vencedor do Prémio Pessoa, que recusou.
A sua escrita começou por se situar no âmbito de um surrealismo tardio. Em 1964 organizou com António Aragão o "1.º caderno antológico de Poesia Experimental" (Cadernos de Hoje, MONDAR editores), marco histórico da poesia portuguesa (ver: Poesia Experimental Portuguesa). Escreveu entretanto "Os Passos em Volta", um livro que, através de vários contos, sugere as viagens deambulatórias de uma personagem por entre cidades e quotidianos, colocando ao mesmo tempo incertezas acerca da identidade própria de cada ser humano; "Photomaton e Vox", por sua vez, é uma coletânea de ensaios e textos e também de vários poemas. "Poesia Toda" é o título de uma antologia pessoal dos seus livros de poesia que tem sido depurada ao longo dos anos. Na edição de 2004 foram retiradas da recolha suas traduções. Alguns dos seus livros desapareceram das mais recentes edições da Poesia Toda, rebaptizada Ofício Cantante, nomeadamente Vocação Animal e Cobra.
A crítica literária aproxima sua linguagem poética do universo da Alquimia, da mística, da Mitologia edipiana e da imagem da Mãe. [4]
Faleceu a 23 de março de 2015, vítima de ataque cardíaco, aos 84 anos, na sua casa em Cascais.[5] Menos de dois meses após a sua morte, em Maio de 2015, foi publicado o último livro de originais do poeta, "Poemas canhotos", que tinha terminado pouco antes de morrer.[6]
Obra

Poesia

Poesia – O Amor em Visita (1958)

A Colher na Boca (1961)

Poemacto (1961)

Lugar (1962)

A máquina de emaranhar paisagens (1963)

Electrònicolírica (1964) [7]

Húmus: poema-montagem (1967)

Retrato em Movimento (1967)

Ofício Cantante: 1953-1963 (1967)

O Bebedor Nocturno (1968)

Vocação Animal (1971)

Poesia Toda (1.º vol. de 1953 a 1966; 2.º vol. de 1963 a 1971) (1973)

Cobra (1977)

O Corpo o Luxo a Obra (1978)

Photomaton & Vox (1979)

Flash (1980)

A Plenos Pulmões (1981)

Poesia Toda 1953-1980 (1981)

A Cabeça entre as Mãos (1982)

As Magias (1987)

Última Ciência (1988)

Poesia Toda (1990) (ISBN 972-37-0252-5)

Do Mundo (1994)

Poesia Toda (1996) (ISBN 972-37-0184-7)

Ouolof: poemas mudados para português (1997)

Poemas Ameríndios: poemas mudados para português (1997).....

fonte de origem:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Herberto_Helder

Nenhum comentário:

Postar um comentário