terça-feira, 23 de março de 2021

Quarta na Usina: Poetisas da Rede: Mariinha:

 


Pra cá...

      Pra lá...

           Dali...

                Daqui...

                       Lá...

                          Acolá...

Rec...Roc...

O barulho quebra o silêncio .

A silhueta assentada

fruto de imaginação

faz com que eu pense em Ti.

Que saudade!

Que aperto no coração!

A cadeira está aqui.

A mesma  em que sonhavas sentar.

Não deu tempo Mamãe;

nem mesmo me sobrou

um parco dinheiro pra satisfazer teu desejo

e como presente lhe ofertar.

Cadeira de balanço.

Linda!

Toda entalhada

De madeira nobre

Aquela em que sonhavas repousar.

Ela está aqui, em casa ; parecendo que , para Ti foi guardada.

Estás vendo? Ela , a cadeira que tanto querias ?

E pensando vislumbrar-te sentada ,

lágrimas escorrem de meus olhos

carregadas de saudade ;

salgando minhas faces

quando caem : - leves...quentes...

fazendo-me lembrar que pra sempre serás ausente.

Bobagem não Mamãe?

Sei que nos Braços de Deus

nem lembras mais do cansaço.

E a “cadeira de balanço”

é apenas de teus sonhos

mais um insignificante “pedaço” .

Mariinha

28/04/2011

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