terça-feira, 21 de dezembro de 2021

Quarta na Usina: Poetisas da Rede: Viviana Algañaraz:


 

Dueto:

Olhe nos meus olhos

V-Me olhe nos olhos e saberá que não posso mentir pra você,

olhe para mim, olhe para mim e veja como eu me derreto diante do seu olhar embora... embora às vezes eu me queime em seus braços e te possuo até tirar o fôlego.

F-Olha nos meus olhos e beija-me como antes mesmo que às vezes te beijo com o olhar e te possuo até te fazer minha onde absorvo o teu olhar inédito e a virgindade dos teus lábios e é aí, nesse instante que os beijos explodem no mínimo cruzamento das nossas miradas Dás e sinto... Sinto o fogo dos seus olhos roçar minha pele, você me despi e me queima com o calor ardente que jaz por trás dos seus poros.

Pele a pele derretem nossos corpos entrelaçados perante os desejos desesperados que nos consomem dominantes.

V-Sua pele... sua pele cola-se à minha como uma doce tatuagem de amor terno e apaixonado amarrado à luxúria pecaminosa que nos faz amar-nos sem controle e sem medidas.

Mar de mel é o meu paladar saboreando o teu suor qual abelha libertando o néctar delicioso de uma flor atraída pela fragrância masculina do teu corpo.

F- Seus beijos ficam tatuados na minha boca qual borboleta beijando as pétalas perfumadas de uma rosa...

Como esquecer!

Como esquecer aquela primavera que brotava da tua pele se até o teu olhar vestia o amanhecer.

V- Sua pele nua e minha pele tão sua arrepiando ao menor toque de suas mãos macias sobre a nudez do meu corpo, então... então eu compreendo que tudo eu te pertenço.

Como esquecer!

Como esquecer aquelas noites em que gemíamos alvoroçados de placer...como esquecer que nos entregávamos loucos e perversos e fomos donos das noites.

F-A noite e as noites foram só nossas e não existia transição entre o dia e a noite ao tornar eternos esses momentos prazerosos.

V-Olha pra mim... olhe nos meus olhos com esse mesmo fogo que brotava do seu olhar... aquele olhar que vestia de luz até a noite mais escura.

Viviana Algañaraz

Fausto Matamoros

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