TOCO-TE (SENTES-ME?)
Toco-te, (sentes-me?), beijo-te e
desejo, anseio
que em cada toque me sintas e suspires
também,
que em cada beijo ferva o sangue e
transborde a vontade,
da fome não saciada dos dentes cravados
às línguas molhadas que se confundem
no beijo longo, intenso de tão
desejado.
Toco-te, (sentes-me?), beijo-te e
desejo, anseio,
deixo as marcas dos dedos urgentes na
tua pele à força,
à imagem do dono como estranha
tatuagem, lutas,
dominas, cedes, fraquejas, pertences,
libertas-te,
no estertor de um orgasmo que se escapa
despido de pudor,
ensinas e aprendes, partilhas o prazer
em gemidos
que se libertam no cio da carne
trémula, indefesa.
Toco-te, (sentes-me?), beijo-te e
desejo, anseio,
liberto a nudez carente da alma perdida
em chamas,
dos seios que se erguem altivos e
provocantes,
da boca esfomeada, do corpo que se
debate desenfreado,
no abraço apertado que não se quer
desfazer, do sexo
e de
tudo resto que se esquece no amplexo das tuas pernas.
Toco-te… Sentes-me?
Miguel Angelo Teixeira
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