terça-feira, 5 de julho de 2022

Quarta na Usina: Poetisas da Rede: Aline dos santos:

 


Lágrimas retidas

Longe de tudo, esquecida por todos

Vegetando a infeliz, fatigada

Roçando a memória, as lembranças poucas

Da vida vivida, feliz e ousada

Seus olhos brilhantes de agua regados

São lágrimas retidas no olhar fatigado

Tão pouco sorria que já nem lembrava

Do quão belo sorriso sua boca esboçava.

A moça chorosa, vivia esquecida

Ninguém lembrava que ela existia

O pouco que a resta do sopro de vida

É dor e tormenta, agonizante agonia.

Suas lágrimas retidas, um dia rolaram

Ao falar com Deus dos seus sonhos e medos

A moça adormeceu e sentiu que a abraçaram

Era o abraço do Criador lhe contando segredos.

A moça acordou bem feliz no outro dia

E todos admiraram tão grande alegria.

Aline dos santos

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