Sinto-me desnudada, e desguarnecida do teu amor
Deste amor, que trouxe à minha vida demasiada dor
Um tempo tão colorido, e repleta de harmonia
Foste embora, levaste a minha alegria, do dia, a dia
Ficou esta mágoa na minha alma desvanecida
Deitada no silêncio da noite, esperando o teu chegar
Sei que não vens mas a esperança em mim a vigorar
Em meus lençóis de pano branco, sinto a sua frescura
Apetecendo-me ter as tuas carícias de suave ternura
Mas a dor que sinto é demasiado penosa e dura
Choro no meu silenciar, do meu interior esta falta do teu ser
Nesta dor, que me está a corroer, não te consigo esquecer
Nem sei, porque ainda penso em ti desta maneira, é tão penoso
Penso que o meu amor, é demais, é uma total perda de tempo
Choro na solidão da minha alma, copiosamente
Sinto a falta do teu calor a sufocar a minha alma
Neste silenciar, neste vazio, que me afoga e retira a calma
Que fazer para te arrancar de vez, do meu coração
Nem sei mais o que fazer, para desaparecer esta aflição
Sofro em demasia nesta indecisão da minha desenvoltura
Nesta falta do teu ser, sofro de amargura
Assim vou passando pelo tempo em espera e indecisão
Sentimentos contidos no meu interior, sem ter o teu amor
Fazem doer, e transportam minha mente a divagar numa confusão
Se o meu coração entender, e abrir novamente o portal
Comportando algo de bom, levantando a minha moral
Desaparecerá este sofrimento de dor, ficará inundado em alegria e cor
Sines, 10 de Junho de 2014
Rosa Maria Santos
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