Sou fóssil estratificado no tempo
Estátua de pedra desfazendo- se
Sou memória agitada pelo vento
(In)Consciência intrometendo-se
Sou o medo que meu ser escraviza
E tanto me faz tremer no caminho
Não há bálsamo que a alma suaviza
No abismo caio passinho a passinho
Mas do Inferno para o Céu eu resvalo
Do gélido frio salto para a quente lã
Há uma odisseia que bem fundo calo
No turbilhão da noite, em brilho a manhã rasgo
Há na Poesia feitiço, um inexpugnável talismã
Na Poesia vivo, respiro, crio, sou puro e casto
Fernando Correia
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