Patrono da cadeira nº 15 da Academia Paulista de
Letras, poeta, advogado, jornalista e um dos mais combativos abolicionistas de
nossa história.
Luís Gonzaga Pinto da Gama era filho da africana
livre Luiza Mahin, uma das principais figuras da Revolta dos Malês, com um
fidalgo branco de origem portuguesa, de uma rica família baiana, mas amante da
boa vida e dos jogos de azar.
Depois que sua mãe foi exilada por motivos
políticos, Luís, com apenas 10 anos, foi vendido como escravo pelo próprio pai,
sendo levado para o Rio de Janeiro e depois para São Paulo. Foi comprado pelo
alferes Antonio Pereira Cardoso, proprietário de uma fazenda no município de
Lorena. Em 1847, o alferes recebeu a visita do jovem estudante Antonio
Rodrigues do Prado Júnior, que, afeiçoando-se a Luís, ensinou-o a ler e a
escrever.
Em 1848, Luís Gama fugiu, pois sabia que sua
situação era ilegal, já que era filho de mãe livre. Após seis anos de uma
tumultuada carreira no exército, deu baixa no serviço militar em 1854. Dois
anos depois voltou à Força Pública.
Luís Gama inaugurou a imprensa humorística
paulistana ao fundar, em 1864, o jornal "Diabo Coxo". Poeta satírico,
ocultou-se, por vezes, sob o pseudônimo de Afro, Getulino e Barrabás. Sua
principal obra foi "Primeiras trovas burlescas de Getulino", de 1859,
onde se encontra a sátira "Quem sou eu?", também conhecida como
Bodarrada.
Autodidata, Luís Gama tornou-se advogado e iniciou
suas atividades contra a escravidão, conseguindo libertar mais de 500 escravos.
É dele a frase: "Perante o Direito, é justificável o crime do escravo
perpetrado na pessoa do Senhor". Conhecido como o "amigo de
todos", tinha em casa uma caixa com moedas que dava aos negros em
dificuldades que vinham procurá-lo.
Influenciou grandes figuras como Raul Pompéia, Alberto
Torres e Américo de Campos mas morreu em 24 de agosto de 1882, sem ver
concretizada a Abolição.
Fonte de origem:
http://educacao.uol.com.br/biografias/luis-gama.jhtm
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