Em um tempo não muito distante, quando o planeta terra
já não era mais habitável, em uma das dezenas de estações para onde o que
restou da população mundial foi transferido.
O comandante anuncia para que todos saiam das suas cápsulas
e que se dirijam ao grande salão para que todos assistam juntos, ao marco da nova
era humana. Pois o planeta no qual se originou a raça humana chegava ao seu ciclo
final de existência. Certamente todos os tripulantes desta, e de todas as
outras estações que formavam a frota de habitações espaciais, mal conseguiam
controlar a ansiedade, pois a expectativa era grande, afinal, se aproximava o
fim do grande planeta azul.
Coisa que até dois séculos atrás ninguém acreditaria
nesta possibilidade tão absurda e irreal, mas que diante dos acontecimentos dos
últimos séculos já se tornara um consenso. E o fato era inevitável.
Vamos agora retornar então há alguns séculos
atrás, quando tudo começou, mais precisamente em meados do século vinte e um. Quando
um velho cientista, até então desconhecido para a comunidade cientifica
mundial, chamado Antoniese Larise, surpreendeu o mundo com suas teses sobre a
extinção do planeta azul. No ano de 2005 em uma conferência universitária Larise
tornou público um artigo onde fez seus primeiros parâmetros entre a evolução do
homem e a inevitável trajetória para a destruição do planeta. Em seus artigos, ele
aliava a alienação do ser humano com a inevitável desagregação da espécie; a
qual primeiramente levava o isolamento do homem até a inevitável destruição do
planeta.
No ano de 2005, O então desconhecido pesquisador, Larise,
começava a destilar suas teses, segundo as quais em um pequeno intervalo de tempo
já provocavam alvoroço e incômodo aos seus colegas.
O Sr. Antoniese era um homem reservado pouco
se sabia da sua vida pessoal apenas que ele era um dos maiores estudiosos do
comportamento humano e da sobrevivência humana da época.
Naquele dia, o pequeno auditório encontrava-se
completamente ocupados, com pessoas em pé que se espalhavam por todos os lados.
O Dr. Larise aparece trajando uma roupa bem casual
para o momento. Quem o conhecia sabia que ele não era muito adepto de formalidades.
Ele começa a sua apresentação agradecendo a presença
daquela pequena multidão que ali se aglomerava, agradece também pelo convite
daquela entidade e a oportunidade para que ele possa divulgar as conclusões dos
seus longos anos de pesquisa. Explicou em primeiro lugar que não tinha a menor intenção
de transgredir qualquer conceito atual com as suas conclusões sobre os longos
anos de pesquisa da espécie humana e o seu habitat, apenas elucidar o que ele
achava inevitável diante os resultados obtidos.
Ficou em silencio por alguns segundos, pediu a atenção
de todos ali presentes. A tensão era tão presente, que se podia ouvir o som
daquela respiração coletiva do ambiente:
Iniciou
dizendo que era factual e notório que apesar dos milhões de anos da existência
humana o homem continuava fingindo entender o universo para não ter tempo para
entender ao seu próprio planeta. Pois um dos grandes desafios da humanidade era
entender que a miscigenação não eliminou nenhum elemento genético das primeiras
criaturas humanas que habitaram o mundo. O que houve foram apenas algumas
adaptações naturais as necessidades de todos os habitat, conforme a seleção
natural entre o cruzamento de espécies, conforme já especificado em pesquisas
de alguns séculos atrás...
Além
de causar muita apreensão entre os presentes, os mesmos esperavam pelas
revelações que já circulava nos meus de comunicações sobre o seu intrigante
artigo.
As comunidades científicas diziam que seus resultados
eram incoerentes para o momento em que vivia o nosso planeta, e segundo os
doutores do tempo, os fatos relatados não tinham qualquer consistência. Mesmo
assim ele já tinha uma pequena legião de seguidores.
Ignorando os olhares de descrença de alguns colegas
ali presente, primeiro ele começa a relatar sobre os resultados obtidos a qual demonstrava
a desordenada adaptação da espécie humana no nosso planeta.
Com a adaptação da espécie para convivência em sociedade
de regras pré - estabelecidas, o homem e suas inquietações, e a complexidade de
sua mente. O levaram a criar situações de mistérios absolutos sobre suas próprias
capacidades. Com suas necessidades antepassadas escondidas nos seus
subconscientes, o homem muitas fezes se depara com suas inevitáveis verdades inconveniente.
Trazendo assim com o desenvolvimento tecnológico o começo da perda do contato
direto com sua própria espécie. Ele então começa a resgatar valores, desejos e
necessidades que já não povoava sua mente consciente.
Tudo isso trazido a um contexto de competividade
apregoada nos modelos sociais atuais. Resultou em uma situação de descontrole
emocional ireversivel, e que se torna encompreencivél para a mente, pois ela
não consegue identificar os horizontes de seguimentos desejáveis. Sendo assim a mente se alto programa de acordo com os
sentimentos mais eminentes de acordo com o meio onde vive. Como nada no subconsciente
do ser humano é descartado, somos surpreendidos por ações desumanas por pessoas
ditas normais.
Com a
evolução muito rápida do seu meio, o homem chega muito rápido a fase adulta de
sua mente, sem que o sentimento como pessoa os acompanhe. Gerando assim muitos
conflitos, pois ele não se ver como a sociedade que o rodeia. Vivendo com essa
mente conflitante ele se transforma em passageiro de se mesmo. Sem a capacidade
de controlar suas próprias ações o homem começa a depositar sua esperança, na
capacidade dos seus semelhantes gerando assim uma falsa expectativa de paz interior.
Sempre esperamos que o homem finalmente encontrasse um
ponto de equilíbrio, entre o desenvolvimento do seu meio e a capacidade de sua adaptação.
Pois correríamos o serio risco de termos cada vez um crescimento desordenado de
verdadeiras legiões de alienados.
Incorporado ao nosso meio social que julgamos sano,
mas que infelizmente em um futuro bem próximo venha a causar um desequilíbrio
capaz de comprometer o convívio social aceitável entre os homens...
Conforme o professor Antoniese ia se
aprofundando nos relatos das suas conclusões, mais gerava grande expectativa, sobre
o que poderia vir a seguir. Por que, apesar de praticamente viver em uma eterna
clausura onde dedicava praticamente todo tempo de sua vida ao desenvolvimento
do conhecimento humano, pouco se sabia sobre as suas teses.
E depois
de uma pequena pausa, ele retoma o seu discurso.
Explicando que ao longo das ultimas décadas temos
utilizado de forma indiscriminado produtos químicos para se garantir uma produção
satisfatória de alimentos. Desta forma temos acelerado também processos de mudanças
genéticas significativas, e causando assim danos irreparáveis à saúde do homem
a logo prazo.
Já
é notória a situação de risco da existência humana diante a incapacidade do
homem de preservar a si mesmo e ao seu meio...
E dessa forma o professor seguia conduzindo sua
apresentação, até então de assustador nada tinha sido revelado diante dos comentários
que tanto se falavam sobre ele, então ele seguia pontuando cada etapa da sua
pesquisa.
Explicando
que estamos todos vivendo teleguiados por uma junção de ações internas e
externas que dificulta a capacidade de compreensão das nossas próprias
necessidades imediatas.
Com
a necessidade de se competir com a mesma espécie o homem passa a ter uma
evolução desajustada, transformando qualquer um, em presa.
Este
fato desagrega a organização da família, quebrando assim o eixo principal do
conceito de sociedade que vivemos. Trazendo assim enormes perdas para o vínculo
de família.
O
homem traz de volta a se, seus extintos mais conhecidos de sobrevivência,
criando uma desordem na estrutura social capaz de tornar inviável a qualquer
ação de estabilidade e sustentabilidade organizacional que se torne eficaz no
controle da violência...
De certa forma, as pessoas ali presentes começavam a
ficarem impacientes, pois eles não viam ali, nada significativos de novo que justificasse
tanta importância dada aos resultados de suas pesquisas. Mas apesar de notar
esta impaciência em sua platéia ele continua explicando a quem da indiferença
da platéia. Sempre sereno e tranquilo, ele prossegue as suas explicações:..
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