Isso se deu há três anos.
Fazendo coleta de preventivos, entra uma paciente por volta dos 35 anos, que nunca havia feito o exame e estava nervosa e com medo (você sabe que as outras na sala de espera ficam dizendo: eu acho que dói, será que a mão dela é pesada? Será que ela é das que não tem pena da gente?...).
Enfim, a paciente entrou, e como era a primeira vez, fui explicar como seria o procedimento.
Quando ela se deitou na mesa ginecológica, era suan- do e as pernas naquela posição, tremendo. Quando abria suas pernas, ela fechava, e eu dizia: relaxe, vou introduzir com deli- cadeza e minha mão é bem maneirinha.
Ela concordou, e quando eu ia iniciar o exame, ela disparou o “míssil”, com todo relaxamento que eu propusera.
Eu estava sentada num mocho, exatamente na altura, ou seja, “tomei o bicho”. A atendente, indignada, disse: mulher, como é que tu entra aqui pra solar na cara dos outros. Eu fiz que não tivesse percebido, colhi o material e já dei as costas pra nem olhar pra ela e fui lavar as mãos.
Pronto, ela foi embora, e o primeiro “míssil” na cara eu nunca esqueci.
Semana seguinte, vou passando no corredor com a atendente e ela me diz: Tá vendo aquela mulher sentada no banco da direita, de saia amarela? Eu disse: sim, e daí? Ela me disse: é a PEIDONA. E saímos rindo das situações nas quais muitas vezes a profissão nos coloca.
Pode???
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