quarta-feira, 6 de janeiro de 2021

Poesia de Quinta na Usina: Fernando Pessoa:

 




155. 

"Escrevo demorando-me nas palavras, 
como por montras onde não vejo, e são meios-sentidos, 
quase-expressões o que me fica, como cores de estofos que não vi o que são, 
harmonias exibidas compostas de não sei que objectos. 
Escrevo embalando-me, como uma mãe louca a um filho morto."

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