quinta-feira, 3 de junho de 2021

Sexta na Usina: Poetas da Rede: Antônio Machado:

 


Quando a luz do luar,

Ao anoitecer e acampar,

Ele se repousa em seu lar,

Para cedo acordar e ir labutar.

Olha sempre ao seu redor,

Cada um dos filhos aconchegado a dormir,

Mesmo com seu corpo franzino e com dor,

Seu coração parece sorrir.

Dorme naquela cama pequena e apertada,

Quase que desamparada,

Pois seu humilde lar,

E o que tem no momento para descansar.

Em sua roupas remendadas parecendo retalhos,

Aquele pano e manto fino,

Sempre com coração sorrindo,

E um cajado de galho.

Nunca reclamou da vida,

Pois nas suas saídas,

Sempre olhou o armário,

No seu árduo trabalho e calvário,

Para ter mantimento e sustento,

Nunca nos deixou faltar alimento.

Desde pequeno, sempre a trabalhar,

Aprendeu mesmos com as mãos pequenas a capinar,

Rosto com suor e olhos a brilhar,

Debaixo de sol a sol, até ele raiar.

Não teve tempo para sua infância,

Parece que já nasceu homem desde criança,

Pois antigamente se investia em filhos,

Como que uma esperança,

Para ajudar na lavoura, era uma herança.

Na sua época, estudo não era importante,

Pois as dificuldades da vida, o mantinha distante,

Livros, brincadeira e trabalhos escolares,

Não faziam parte das casas e lares.

As luzes eram de lamparina,

Suas chamas, ao passar o vento, dançavam iguais bailarinas.

Sentado na varanda,

Ao som do violão,

Parecia bandas,

Músicas simples que tocavam o coração.

As horas ficavam escondidas,

Antes do cantar do galo e despedidas,

Aquele relógio pendurado na corrente,

Todos felizes, embriagados e sorridentes.

Enfim, parece um conto e fantasia,

comparado com nossa modernidade e dia a dia.

Mas muitos viveram isto e deixaram um aprendizado,

Como que um legado,

Pois suas presença espiritual, sempre  estarão ao nosso lado.

Entre partidas e despedidas,

Até as últimas gotas de nossa vida.

Texto:  Quando a luz do luar,

Ao anoitecer e acampar,

Ele se repousa em seu lar,

Para cedo acordar e ir labutar.

Olha sempre ao seu redor,

Cada um dos filhos aconchegado a dormir,

Mesmo com seu corpo franzino e com dor,

Seu coração parece sorrir.

Dorme naquela cama pequena e apertada,

Quase que desamparada,

Pois seu humilde lar,

E o que tem no momento para descansar.

Em sua roupas remendadas parecendo retalhos,

Aquele pano e manto fino,

Sempre com coração sorrindo,

E um cajado de galho.

Nunca reclamou da vida,

Pois nas suas saídas,

Sempre olhou o armário,

No seu árduo trabalho e calvário,

Para ter mantimento e sustento,

Nunca nos deixou faltar alimento.

Desde pequeno, sempre a trabalhar,

Aprendeu mesmos com as mãos pequenas a capinar,

Rosto com suor e olhos a brilhar,

Debaixo de sol a sol, até ele raiar.

Não teve tempo para sua infância,

Parece que já nasceu homem desde criança,

Pois antigamente se investia em filhos,

Como que uma esperança,

Para ajudar na lavoura, era uma herança.

Na sua época, estudo não era importante,

Pois as dificuldades da vida, o mantinha distante,

Livros, brincadeira e trabalhos escolares,

Não faziam parte das casas e lares.

As luzes eram de lamparina,

Suas chamas, ao passar o vento, dançavam iguais bailarinas.

Sentado na varanda,

Ao som do violão,

Parecia bandas,

Músicas simples que tocavam o coração.

As horas ficavam escondidas,

Antes do cantar do galo e despedidas,

Aquele relógio pendurado na corrente,

Todos felizes, embriagados e sorridentes.

Enfim, parece um conto e fantasia,

comparado com nossa modernidade e dia a dia.

Mas muitos viveram isto e deixaram um aprendizado,

Como que um legado,

Pois suas presença espiritual, sempre  estarão ao nosso lado.

Entre partidas e despedidas,

Até as últimas gotas de nossa vida.

Texto:  Antonio Machado

Tema: Sonhos e legados dos pais

Tema: Sonhos e legados dos pais

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