Filho de Horacio Zambra e Rosa Infantas, nasceu em Villa Portales, mas quando Alejandro tinha cinco anos de idade, se mudaram à villa Las Terrazas, em Maipú.[3]
Zambra se matriculou no sétimo ano básico no Instituto Nacional José Miguel Carreira, onde chegaria a ser presidente da ALCIN (Academia de Letras Castelhanas) em 1993.[3]
Ingressou depois na Universidade de Chile (licenciou-se em Literatura Hispânica). Aos 20 anos já vivia independentemente e, além de estudar, trabalhava: respondendo a telefonemas, em bibliotecas, como carteiro, como junior. Assim recorda aquela época em que se considerava poeta:
"Entrar na literatura foi muito hippie. Era uma coisa maravilhosa, todo mundo bebendo e fumando maconha. Depois vi que não era tão assim: muita gente não gostava tanto da carreira".[3]
Depois de se formar em 1997, conseguiu uma bolsa em Madri.[4] Em Espanha obteria um mestrado em filologia hispânica do (CSIC), se casaria com uma desenhadora e separaria-se em pouco tempo.
Ao regressar ao Chile, foi viver no bairro Bellavista num apartamento de doze metros quadrados na rua Dardignac, "onde o único que tinha era um gato, uma cadeira de rodas antiga, uma cama e uma pilha de livros".
Zambra começou sua carreira literária como poeta —seu primeiro livro, Bahia Inútil em 1998 e o segundo, Mudança, em 2003—, mas depois passou à narrativa.
Em 2006 estreou na editora espanhola Anagrama seu primeio romance, Bonsái, que de imediato se converteu num sucesso, tanto de crítica (em Chile ganhou vários prêmios) como de público. Tem sido traduzido a vários idiomas (em português foi publicado pela editora Cosac Naify[5]). Adaptada ao cinema por Cristián Jiménez, o filme foi apresentado no Festival de Cannes 2011.[6]
Sobre a literatura chilena, dizia em 2003 que "na prosa, acho que o melhor escritor chileno de todos os tempos é José Santos González Vera, que tem uma maestría impressionante para captar a paisagem de cidade chilena, minha paisagem. Juan Emar também me interessa muito".[7]
Respondendo a uma pergunta sobre Proust, disse: "Nunca senti uma influência estilística verdadeiramente determinante, exceto ao princípio, aos 15 anos, quando li os poemas breves de Pound. Escrevi, nesse tempo, um livro titulado Hamartía, que era uma colecção de imagens sobre espécies de erros, ou instantes contraditórios. Acho que não eram muito bons, mas sim tenho consciência de ter imitado o estilo desses poemas de Pound, e dessa escola herdei um desejo de precisão. Logo, ao ler Proust, não passou por minha cabeça escrever assim. Mas desfruto muito dessas leituras".[8]
É doutor em literatura pela Universidade Católica, ensina literatura na Universidade Diego Portais. CodiretEl País, junto com Andrés Anwandter, da revista de poesia Humo, tem colaborado com críticas literárias e colunas em diversos periódicos como Las Últimas Notícias (onde durante três anos teve a coluna Folha por folha), El Mercurio, La Tercera e The Clinic; também tem escrito para o suplemento literário Babelia do País, a revista espanhola Turia e a mexicana Letras Libres....
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