quinta-feira, 22 de julho de 2021

Sexta na Usina: Poetas da Rede: Jorge González:

 


REALIDADE.

Como alicates furanhos,

aos suspiros, eles se apegam

Escorpiões: Aterram

entre enormes teias de aranha!

Sorrisos? Tão estranhas;

Procuram espaços, pervertem

as solidão. Divirtam-se

os caprichos do escriba.

Pode até o verso se inibir

se em comida o tornarem.

Saindo para o passo profetas.

de argumentos duvidosos

congelados. Monumentos

levantados com excretas

répteis e mofetas

- quase sempre advenediços

com reluzentes postiços

Loiros -. Parecem humanos.

Você pode apertar suas mãos

e te ofereça seus cachos.

Curtas ficam. Empurrem

o leve de seus amparos.

Porcos gulosos. Gananhos

que seus neurônios esmagam.

Seus ossos? Eles podem cruzar,

sem haver grandes rupturas

Que soldar. As aventuras

são muito bem guardadas

das famílias. Pintadas

que atestam mil loucuras.

Mentindo? É o mandamento

favorito... à sua maneira.

Confundir? Na geladeira

há mais de um raciocínio.

Não é orquídea, nem vento

Roubado aos furacões

de passagem. Lá os xamãs

guardam seus truques melhores

e limpos. Seus consultores?

Hipócritas charlatões!

Tudo passa e as verdades

Amoldam a realidade.

Peritos em dualidade

dão cor a falsidades,

Dando novidades

para clientes. Que chato.

O panorama! Manido

Dilúvio de mentecatos.

Os tolos consomem dados

E, Realidade? Um marido!

© Jorge Jorge González

24 de julho de 2021

País: Cuba

Foto tirada da net:

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