sábado, 4 de setembro de 2021

Domingo na Usina: Biografias: Albert Camus:


Albert Camus (francês: [al.'bɛʁ ka.'my] (Sobre este somescutar (ajuda·info)) (Mondovi, 7 de novembro de 1913 – Villeblevin, 4 de janeiro de 1960) foi um escritor, filósofo, romancista, dramaturgo, jornalista e ensaísta franco-argelino. Ele também atuou como jornalista militante envolvido na Resistência Francesa, situando-se próximo das correntes libertárias[1][2][3] durante as batalhas morais no período pós-guerra. O seu trabalho profícuo inclui peças de teatro, novelas, notícias, filmes, poemas e ensaios, onde ele desenvolveu um humanismo baseado na consciência do absurdo da condição humana e na revolta como uma resposta a esse absurdo. Para Camus, essa revolta leva à ação e fornece sentido ao mundo e à existência. Daqui "Nasce então a estranha alegria que nos ajuda a viver e a morrer".[4] Recebeu o Prémio Nobel de Literatura em 1957.[5]
A curta carreira de Camus como jornalista do Combat foi ousada. Atuando como periodista, ele tomou posições incisivas em relação à Guerra de Independência Argelina e ao Partido Comunista Francês.[6] Ao longo de sua carreira, Camus envolveu-se em diversas causas sociais, protestando veementemente contra as desigualdades que atingiam os muçulmanos no Norte de África, defendendo os exilados espanhóis antifascistas e as vítimas do stalinismo. Ele ainda foi um entusiasmado defensor da objeção de consciência.[7]
À margem de outras correntes filosóficas, Camus foi sobretudo uma testemunha de seu tempo. Intransigente, recusou qualquer filiação ideológica. Lutou energicamente contra todas as ideologias e abstrações que deturpavam a natureza humana. Dessa maneira, ele foi levado a opor-se ao existencialismo e ao marxismo, discordando de Jean-Paul Sartre e de seus antigos amigos. Camus incorporou uma das mais elevadas consciências morais do século XX. O humanismo de seus escritos foi fundamentado na experiência de alguns dos piores momentos da história. A sua crítica ao totalitarismo soviético rendeu-lhe diversas retaliações e culminou na desavença intelectual com seu antigo colega Sartre.[8]

Albert Camus (AFI: [albɛʁ kamy]) nasceu na costa da Argélia, numa localidade chamada Mondovi (hoje denominada Dréan), durante a ocupação francesa, numa família pied-noir.[9] O seu pai, Lucien Auguste Camus (1885-1914), era francês nascido na Argélia e a sua mãe, Catherine Hélène Sintès (1882-1960), também nascida na Argélia, era de origem minorquina (Sant Lluís[10]). Camus conheceu cedo o gosto amargo da morte: o seu pai morreu em 1914, na batalha do Marne, durante a Primeira Guerra Mundial. A sua mãe então foi obrigada a mudar-se para Argel, para a casa de sua avó materna, no famoso bairro operário de Belcourt onde, anos mais tarde, durante a guerra de descolonização da Argélia, houve um massacre de muçulmanos.
O período de sua infância, apesar de extremamente pobre, é marcado por uma felicidade ligada à natureza, que ele volta a narrar em O Avesso e o Direito, mas também em toda a sua obra. Na casa, moravam, além do próprio Camus, o seu irmão que era um pouco mais velho, a sua mãe, a sua avó e um tio um pouco surdo, que era tanoeiro, profissão que Camus teria seguido se não fosse pelo apoio de um professor da escola primária Louis Germain,[11] que viu naquele pequeno pied-noir um futuro promissor. Ao princípio, a sua família não via com bons olhos o fato de Albert Camus seguir para a escola secundária, sendo pobre. O próprio Camus diz que tomar essa decisão foi difícil para ele, pois sabia que a família precisava da renda do seu trabalho. Portanto, ele deveria ter uma profissão que logo trouxesse frutos - como a profissão do seu tio. No fundo, Camus também gostava do ambiente da oficina, onde o tio trabalhava. Há um conto escrito por ele que tem como cenário a oficina e no qual a camaradagem entre os trabalhadores é exaltada.

fonte de origem:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Albert_Camus

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