quarta-feira, 8 de fevereiro de 2023

Poesia de Quinta na Usina: Cruz Sousa:



[QUANDO EU PARTIR] ou [ESFUMINHAMENTO]
Quando eu partir, que eterna e que infinita Há de crescer-me a dor de tu ficares; 
Quanto pesar e mesmo que pesares, Que comoção dentro desta alma aflita.
Por nossa vida toda sol, bonita,
Que sentimento, grande como os mares,
Que sombra e luto pelos teus olhares
Onde o carinho mais feliz palpita...
Nesse teu rosto da maior bondade
Quanta saudade mais, que atroz saudade...
Quanta tristeza por nós ambos, quanta,
Quando eu tiver já de uma vez partido, Ó meu amor, 
ó meu muito querido Amor, meu bem, meu tudo, ó minha santa!

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