quinta-feira, 11 de novembro de 2021

Sexta na Usina: Poetas da Rede: José Vasquez Peña:


 

Diálogo entre a Lua e o poeta virtual.

A Lua com sua pele argêntea.

e seus olhos de lua curiosa

seu olhar de prata e branco / tersa teia de aranha

e sua voz de cachoeira de chuva arcana

Me perguntou entre sussurros da noite.

entre murmúrios do vento insomne

- Por que você escreve poeta virtual?

Você não tem noção.

A distância é imbatível?

Eles não escreveram o suficiente.

poemas já?

Desde que o homem apareceu

Há poesia. Muita poesia! Até quando?

Eu respondi com voz de trovão.

embora pausado sereno

- Lua ou prefere que eu te chame Selene.

Como os antigos poetas gregos?

Por acaso o sol

seu loiro amante que nunca / jamais

você pode tocar distantes, não.

Não te envie versos desde que juntos.

Eles nasceram na noite dos tempos

E até sempre o fará, você é sua amada.

.. Lua..

Versos escritos sobre as nuvens brancas

O papel do céu

Quanto mais carregadas de poemas estão

nuvens adquirem uma cor cinza

às vezes cinza / preto

A lua perfilada cara de pandeiro

Silente me ouvia

- É assim que lhe escrevo poemas

a mim amada encantada distantes

Nós estamos!

Como você do sol

                                          e igual nos amamos

E para ficarmos mais juntos

Eu criei mundos de papel com minha caneta.

mundos paralelos equidistantes

E em sonhos os habitamos

apaixonadamente

Nós vivemos neles

plácidos entre aventura e infinito

entre tempos e espaços desconhecidos

que os moldando com meu pensamento

e meus sentimentos

É por isso que eu escrevo poemas!

A lua adormeceu

Eu acordei desse diálogo / sonho

José Vasquez Peña

Direitos reservados

Ica - Peru

09 nov202.

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