São armadilhas
Que as vidas
Nos apresentam
Caminhos
Feitos
De encruzilhadas
Saltos
Nos destinos
Traçados
Quedas
No abismo
Dos altos
Do céu
Passos
Em falso
De um pé
Descalço
Escorregadio
Que atravessa
A fronteira
E de repente
Prisioneira
Nas mãos
Da justiça
Dos homens
De risco
Aleatório
A alma
No Purgatório
E um frio
Gelado
No coração
As grades
Da solidão
O vazio
As algemas
Das insónias
Que atordoam
As noites
Serenas
A lágrima sombria
Que apetece
E teima
Em não cair
O coração
Em ferida
Sem a luz
Do dia
A oração
Em busca
Do perdão
E é esta tormenta
Que enlouquece
A pior
Punição
Só a prece
Da penitência
E a interiorização
Do pecado
Abre a janela
Da consciência
Com a luz
Da pureza
E dá asas de leveza
Perdoa
E voa
Para uma vida
Que é bela!
Luísa Rafael
Nenhum comentário:
Postar um comentário