domingo, 22 de setembro de 2019

Domingo Na Usina: Biografias: Maria Fernanda Teles de Castro de Quadros Ferro:




(Lisboa, 8 de dezembro de 1900 – Lisboa, 19 de dezembro de 1994).
Fernanda de Castro, filha de João Filipe das Dores de Quadros (Lisboa, São Julião, 4 de janeiro de 1874 - Portimão, Portimão, 7 de julho de 1943), Goês, Oficial Capitão-Tenente da Marinha, Comendador da Ordem Militar de Avis a 11 de março de 1919,[1] e de sua mulher Ana Isaura Codina Teles de Castro da Silva (Lisboa, São José, 23 de setembro de 1879 - Bolama, 9 de abril de 1914), fez os seus estudos em Portimão, Figueira da Foz e Lisboa, tendo casado em 1922 com António Ferro.

Deste casamento nasceram António Quadros, que se distinguiu como filósofo e ensaísta, e Fernando Manuel de Quadros Ferro. A sua neta, Rita Ferro também se distinguiu como escritora. O seu sobrinho-neto Jorge Quadros distinguiu-se como músico.

Foi juntamente com o marido e outros, fundadora da Sociedade de Escritores e Compositores Teatrais Portugueses, actualmente designada por Sociedade Portuguesa de Autores.

O escritor David Mourão-Ferreira, durante as comemorações dos cinquenta anos de actividade literária de Fernanda de Castro disse: "Ela foi a primeira, neste país de musas sorumbáticas e de poetas tristes, a demonstrar que o riso e a alegria também são formas de inspiração, que uma gargalhada pode estalar no tecido de um poema, que o Sol ao meio-dia, olhado de frente, não é um motivo menos nobre do que a Lua à meia-noite".

Parte da vida de Fernanda de Castro, foi dedicada à infância, tendo sido a fundadora da Associação Nacional de Parques Infantis, associação na qual teve o cargo de presidente[2] .

Como escritora, dedicou-se à tradução de peças de teatro, a escrever poesia, romances, ficção e teatro.

Foi autora do argumento do bailado Lenda das Amendoeiras (Companhia Portuguesa de Bailado Verde Gaio, 1940)[3] e do argumento do filme Rapsódia Portuguesa (1959), realizado por João Mendes, documentário que esteve em competição oficial no Festival de Cannes.

Também se encontra colaboração da sua autoria nas revistas: lllustração portugueza[4] (iniciada em 1903), Contemporânea[5] [1915]-1926), Ilustração [6] (iniciada em 1926) e ainda na Mocidade Portuguesa Feminina: boletim mensal[7] (1939-1947).

A 5 de janeiro de 1940 foi feita Oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada.[8]

Prémios[editar | editar código-fonte]
Prémio do Teatro Nacional D.Maria II – (1920) com a peça “Náufragos”.
Prémio Ricardo Malheiros – (1945) com o romance “Maria da Lua”, foi a primeira mulher a obter este prémio da Academia das Ciências.
Prémio Nacional de Poesia – (1969).
Obras[editar | editar código-fonte]
Náufragos (1920) (teatro)
Maria da Lua (1945) (romance)
Antemanhã (1919) (poesia)
Náufragos e Fim da Memória (poesia)
O Veneno do Sol e Sorte (1928) (ficção)
As aventuras de Mariazinha (literatura infantil)
Mariazinha em África (1926) (literatura infantil) (fruto da passagem da escritora pela Guiné Portuguesa)
A Princesa dos Sete Castelos (1935) (literatura infantil)
As Novas Aventuras de Mariazinha (1935) (literatura infantil)
Asa no Espaço (1955) (poesia)
Poesia I e II (1969) (poesia)
Urgente (1989) (poesia)
Fontebela(1973)
Ao Fim da Memória(Memórias 1906 – 1939) (1986)
Pedra no Lago (teatro)
Exílio (1952)
África Raiz (1966).
Tudo É Princípio
Os Cães não Mordem
Jardim (1928)
A Pedra no Lago (1943)
Asa no Espaço (poesia)
Cartas a um Poeta (tradução de Rainer Maria Rilke)
O Diário (tradução de Katherine Mansfield)
Verdade Para Cada Um (tradução de Pirandello)

O Novo Inquilino (tradução de Ionesco).

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