(Lisboa, 8 de dezembro de 1900 –
Lisboa, 19 de dezembro de 1994).
Fernanda
de Castro, filha de João Filipe das Dores de Quadros (Lisboa, São Julião, 4 de
janeiro de 1874 - Portimão, Portimão, 7 de julho de 1943), Goês, Oficial
Capitão-Tenente da Marinha, Comendador da Ordem Militar de Avis a 11 de março
de 1919,[1] e de sua mulher Ana Isaura Codina Teles de Castro da Silva (Lisboa,
São José, 23 de setembro de 1879 - Bolama, 9 de abril de 1914), fez os seus
estudos em Portimão, Figueira da Foz e Lisboa, tendo casado em 1922 com António
Ferro.
Deste
casamento nasceram António Quadros, que se distinguiu como filósofo e ensaísta,
e Fernando Manuel de Quadros Ferro. A sua neta, Rita Ferro também se distinguiu
como escritora. O seu sobrinho-neto Jorge Quadros distinguiu-se como músico.
Foi
juntamente com o marido e outros, fundadora da Sociedade de Escritores e
Compositores Teatrais Portugueses, actualmente designada por Sociedade
Portuguesa de Autores.
O
escritor David Mourão-Ferreira, durante as comemorações dos cinquenta anos de
actividade literária de Fernanda de Castro disse: "Ela foi a primeira,
neste país de musas sorumbáticas e de poetas tristes, a demonstrar que o riso e
a alegria também são formas de inspiração, que uma gargalhada pode estalar no
tecido de um poema, que o Sol ao meio-dia, olhado de frente, não é um motivo
menos nobre do que a Lua à meia-noite".
Parte
da vida de Fernanda de Castro, foi dedicada à infância, tendo sido a fundadora
da Associação Nacional de Parques Infantis, associação na qual teve o cargo de
presidente[2] .
Como
escritora, dedicou-se à tradução de peças de teatro, a escrever poesia,
romances, ficção e teatro.
Foi
autora do argumento do bailado Lenda das Amendoeiras (Companhia Portuguesa de
Bailado Verde Gaio, 1940)[3] e do argumento do filme Rapsódia Portuguesa
(1959), realizado por João Mendes, documentário que esteve em competição
oficial no Festival de Cannes.
Também
se encontra colaboração da sua autoria nas revistas: lllustração portugueza[4]
(iniciada em 1903), Contemporânea[5] [1915]-1926), Ilustração [6] (iniciada em
1926) e ainda na Mocidade Portuguesa Feminina: boletim mensal[7] (1939-1947).
A
5 de janeiro de 1940 foi feita Oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da
Espada.[8]
Prémios[editar
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Prémio
do Teatro Nacional D.Maria II – (1920) com a peça “Náufragos”.
Prémio
Ricardo Malheiros – (1945) com o romance “Maria da Lua”, foi a primeira mulher
a obter este prémio da Academia das Ciências.
Prémio
Nacional de Poesia – (1969).
Obras[editar
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Náufragos
(1920) (teatro)
Maria
da Lua (1945) (romance)
Antemanhã
(1919) (poesia)
Náufragos
e Fim da Memória (poesia)
O
Veneno do Sol e Sorte (1928) (ficção)
As
aventuras de Mariazinha (literatura infantil)
Mariazinha
em África (1926) (literatura infantil) (fruto da passagem da escritora pela
Guiné Portuguesa)
A
Princesa dos Sete Castelos (1935) (literatura infantil)
As
Novas Aventuras de Mariazinha (1935) (literatura infantil)
Asa
no Espaço (1955) (poesia)
Poesia
I e II (1969) (poesia)
Urgente
(1989) (poesia)
Fontebela(1973)
Ao
Fim da Memória(Memórias 1906 – 1939) (1986)
Pedra
no Lago (teatro)
Exílio
(1952)
África
Raiz (1966).
Tudo
É Princípio
Os
Cães não Mordem
Jardim
(1928)
A
Pedra no Lago (1943)
Asa
no Espaço (poesia)
Cartas
a um Poeta (tradução de Rainer Maria Rilke)
O
Diário (tradução de Katherine Mansfield)
Verdade
Para Cada Um (tradução de Pirandello)
O
Novo Inquilino (tradução de Ionesco).
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