Ah, essa gente
que me encomenda um poema
com tema...
Como eu vou
saber, pobre arqueólogo do futuro, o que inquietamente procuro em minhas
escavações do ar?
Nesse futuro,
tão imperfeito, vão dar,
desde o mais
inocente nascituro, suntuosas princesas mortas há milênios,
palavras
desconhecidas mas com todas as letras [misteriosamente acesas
palavras
quotidianas
enfim libertas
de qualquer objeto E os objetos...
Os atônitos
objetos que não sabem mais o que são no terror delicioso da Transfiguração!
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