quinta-feira, 30 de abril de 2020

Poesia De Quinta Na Usina: Cruz Souza: SONETO À Julieta dos Santos:




Parece que nasceste, oh! pálida divina,

Para seres o farol, a luz das puras almas!...

Parece que ao estridor, ao frêmito das palmas

Exalças-te feliz à plaga cristalina!...

Parece que se partem, angélica Bambina
Às campas glaciais dos Tassos e dos Talmas, 
Lá quando no tablado as turbas sempre calmas 
Transmutas em vulcão, em raio que fulmina!...

E quando majestosa, em lance sublimado Dardejas do olhar, 
olímpico, sagrado Mil chispas ideais, titânicas, ardentes!...

Então sente- se n'alma o trêmulo nervoso
Que deve ter o mar, fantástico, espumoso

Nos grossos vagalhões, indômitos, frementes!!...

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