quarta-feira, 5 de agosto de 2020

Poesia de Quinta na Usina: Fernando Pessoa: 155:


"Escrevo demorando-me nas palavras, como por montras onde não vejo, 
e são meios-sentidos, quase-expressões o que me fica, 
como cores de estofos que não vi o que são, 
harmonias exibidas compostas de não sei que objectos. 
Escrevo embalando-me, como uma mãe louca a um filho morto."

Do livro do desassossego:

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