quarta-feira, 16 de setembro de 2020

Poesia de Quinta na Usina: Alphonsus de Guimarães: Pulcra ut Luna II :



Celeste:... É assim, divina, que te chamas.

Belo nome tu tens, Dona Celeste...

Que outro terias entre humanas damas,

Tu que embora na terra do céu vieste?

Celeste... E como tu és do céu não amas:

Forma imortal que o espírito reveste

De luz, não temes sol, não temes chamas,

Porque és sol, porque és luar, sendo celeste.

Incoercível como a melancolia,

Andas em tudo: o sol no poente vasto

Pede-te a mágoa do findar do dia.

E a lua, em meio à noite constelada,

Pede-te o luar indefinido e casto

Da tua palidez de hóstia sagrada.

Nenhum comentário:

Postar um comentário