Celeste:... É assim, divina, que te chamas.
Belo nome tu tens, Dona Celeste...
Que
outro terias entre humanas damas,
Tu que embora na terra do céu vieste?
Celeste... E como tu és do céu não amas:
Forma
imortal que o espírito reveste
De
luz, não temes sol, não temes chamas,
Porque
és sol, porque és luar, sendo celeste.
Incoercível
como a melancolia,
Andas
em tudo: o sol no poente vasto
Pede-te
a mágoa do findar do dia.
E
a lua, em meio à noite constelada,
Pede-te
o luar indefinido e casto
Da
tua palidez de hóstia sagrada.
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