A distância no rio das
ausências arranha-me
o coração pulsante ,a
pele gélida na noite,
algures onde me isolei
oscilam nomes
a terra estrangeira na
pulsação do mundo e
na hora a escorrer chuva cito diálogos
surdos.
No linho encanecido o
bolor do tempo
a humidade entranhada nos
ossos doridos
uma percepção habitada
que me estiola a mente
entre muros de memórias e quimeras,
paisagens longínquas onde
me perco e tropeço.
A mágoa do horizonte
perdido ontem
relata a transitoriedade
de tudo em indagações
nubladas de melancolia entre sussurros e
num desalento esvai-se a
pronúncia do teu nome.
No rictus da boca
deitam-se anjos moribundos
brisas outonais ,folhas
douradas onde
a caligrafia esmorece e o
corpo se despede,
da essência divina canta
o universo infinito e
aqui no frio da casa
demora só a memória de mim.
Cassandra Alpoim
27/09/2020
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