A paciente iniciou o pré-natal por volta de 12 semanas, já com sobrepeso para sua altura (baixinha). Foi encaminhada à nutri- ção para uma dieta adequada. Sem conseguir cumprir a dieta e com todos os exames em ordem, ganhava a cada mês mais que o esperado.
Por volta da 30ª semana (sete meses e meio), chegou dizendo que não dava mais para ter relações, pois se sentia muito pesada e achava incômodo. Perguntou se haveria algum problema em trazer o parceiro na próxima visita. Eu disse: claro que não, vocês são jovens e inexperientes, é importante que sejam tiradas todas as dúvidas.
Mês seguinte, chega o casal. Ele me pergunta, res- peitosamente e me tratando por senhora, porque a mulher se negava a fazer “aquilo”. Eu expliquei que isso era variável, talvez pela altura x peso e os desconfortos normais do fim da gravidez, mas que conversassem e encontrassem uma posição mais favorável para ela ou diminuísse a frequência, para ver se dava certo.
Fiquei ausente da Unidade de Saúde, e o casal volta
45 dias após o parto para revisão.
A ginecologista encaminha para mim, para o planeja- mento familiar, depois dela ter sido examinada. Expliquei que ele iria usar um anticoncepcional injetável trimestral, pois a mesma estava amamentando, mas ia dispensar 20 preservativos como precaução.
Aí ele me disse: e quando ela será liberada para fazer
“aquilo”?
Eu disse: já está liberada. Ele bateu no ombro dela,
dizendo: hoje tem festa!!!!!! Olhou pra mim e disse: desculpe o desabafo, né mole não, desde os sete meses que eu venho me acabando na mão, feito colher de pedreiro. Eu lhe disse: agora está tudo resolvido. Ele disse: vai ficar quando a gente chegar em casa.
Pode???
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