Comédia! Não tem outra palavra.
Fui atendido por uma fisioterapeuta alemã, provavel- mente recém-chegada, pois nem fala em portunhol, é em java- nês.
Os pacientes são chamados pelas fisioterapeutas atra- vés das fichas. Vi todo mundo sendo chamado, menos eu.
De repente, olhei para a alemã, que estava só com uma ficha na mão, e com certeza tentando entender o meu nome, que já não é tão fácil para os brasileiros, imagine para a cidadã alemã. Ela olhava para a ficha e fazia: aurrrrr, aurrrr, e mais nada. Então, me aproximei e peguei a ficha, olhei que era meu nome, e na base da mímica, apontei o indicador para mim. Ela só fez indicar para onde eu ir.
Desse momento em diante, eu me lasquei. Ela pensou que eu era judeu e mandou ver.
De todas as outras sessões, essa foi a única que até respirar doeu. Como eu não entendia nada que ela fa- lava, e ela muito menos o que eu dizia, o prejuízo foi meu. Acho que ela é intercambista, e devia estar com raiva do Brasil, ou do sorteio das chaves da Copa do Mundo, ou descobriu que o namorado alemão passou-lhe um chifre, ou ficou presa no trânsito tranquilo de Lagoa Nova. Descontou tudo em mim.
Resumo da ópera: quero que a Alemanha se lasque, e que essa alemãzinha vá a frente conduzindo a bandeira.
No outro dia, avisei à chefe do setor que eu estava pior do que nos dias anteriores, e foram adotadas providências. Não vi mais a danosa.
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