quarta-feira, 22 de junho de 2022

Poesia de Quinta na Usina: Luís de Camões:

 



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Um mover d'olhos, brando e piadoso, sem ver de quê; 
um riso brando e honesto, quase forçado; um doce e humilde gesto,
de qualquer alegria duvidoso;
um despejo quieto e vergonhoso; um repouso gravíssimo e modesto; 
üa pura bondade, manifesto indício da alma, limpo e gracioso;
um encolhido ousar; üa brandura; um medo sem ter culpa; um ar sereno;
um longo e obediente sofrimento;
esta foi a celeste fermosura da minha Circe, e o mágico veneno 
 que pôde transformar meu pensamento.



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