DIAS DE TORMENTO
Poderão banir estes dias de tormento?
Quando não há percepção alguma de si.
Todo o afeto distribuído não gera o
alento
Inspiração execrável, que flagela o
existir.
Há uma angústia no peito, um monstro
mau.
Que rouba o sono devora ávido a poesia.
E quem poderá, em nome do Deus eternal,
Ao umbral trazer alguma paz e alegria?
Ninguém!_ A solidão ronda pela
madrugada!
Jamais voltarão o olhar ao abismo
abstruso.
Não há carícia, não há um toque. Não há
nada!
E segue gritante a pergunta: Quem há de
vir?
E a voz ressoa sabe-se de onde. Se no
vento...
Ninguém!!_ na alma um calafrio, um
bramir!
Anna Corvo
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