Hernán Rivera Letelier (Talca, 11 de junho de 1950) é um novelista e poeta chileno, conhecido principalmente por suas novelas ambientadas na pampa salitreira do norte de Chile.
Nascido em em Talca, Rivera viveu até a idade de 11 anos no estação salitreira de Algorta, ao norte de Chile. Ali e nas estações de María Elena e Pedro de Valdivia fez seus estudos escoares.[1]
Devido ao fechamento das Fábricas de Nitrato do Chile de Humberstone e Santa Laura, seus pais mudaram-se, junto com seus cinco filhos, para Antofagasta, onde morreu sua mãe, duas semanas depois da mudança, vítima da picada de uma aranha dos rincões. Então, a família decide voltar às salitreiras: "Os irmãos menores de Hernán voltaram, junto com suas irmãs casada,s de volta a uma salitreira, mas o 'tímido rebelde ou rebelde tímido' —segundo sua própria definição— negou-se a partir e decidiu ficar só na cidade, vivendo em um casebre instalado no pátio de uma igreja evangélica. O pai, que trabalhava numa estação e regressava a cada 15 dias, o compreendeu e deixou que procurasse seu rumo".[2]
Ganhava a vida vendendo jornais; o que lhe bastava para comer e inclusive para ir ao cinema: "Como em Algorta não me deixavam ir, aqui me fiz um cinéfilo crônico. Nas quartas-feiras davam as rotativas: entrava às duas da tarde e não saía até a uma da manhã para ver três vezes os três filmes. Como às seis falava com o porteiro, saía para comprar pão e mortadela e me metia de novo no cinema". Após três anos de viver em Antofagasta, voltou à pampa a trabalhar. Na salitreira María Elena foi mensageiro da empresa Anglo Lautaro (hoje Soquimich) e, depois, ao completar os 18 anos, entrou em uma oficina elétrica.
Aos 19 anos, pegou sua mochila e viajou durante três anos pelo Chile, Peru, Bolívia, Equador e Argentina. "Foi nesta viagem que decidi virar o melhor escritor do mundo", diria anos mais tarde.[3] De volta à pampa em 1973, começa a trabalhar na mina Mantos Blancos e depois como funcionário na estação salitreira Pedro de Valdivia; paralelamente, estuda na escola noturna para completar o ensino básico.
Rivera Letelier dando um autógrafo
Mas seria apenas mais de uma década depois dessa viagem, na qual tomou a decisão de dedicar-se à literatura, antes de poder publicar seu primeiro livro: em 1988 sai Poemas y pomadas, "auto edição de 500 exemplares que vendia porta-a-porta, nos bares e nos cafés", e em 1990 Cuentos breves y cuescos de brevas (1990).
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