quinta-feira, 18 de novembro de 2021

Sexta na Usina: Poetas da Rede: Paulo Afonso:


 

MADRUGADA NUA

A Madrugada nua,

vazia, comunga do

 meu silêncio tosco,

da minha inércia agitada,

do meu corpo extasiado de sono,

de sonhos que uma hora dessas,

ei de esquecer.

Irei lembrar só e tão somente

de meus amores,

Não tão somente,

as mulheres,

na qual me servi de paixão,

mas todo semelhante

que amei de alma e força.

Compartilhar destinos,

saudades de chorar-menino,

de chorar de morrer de rir,

depois  partir pra não mais voltar...

Pra chorar a falta que faz quem vem,

quem não vem, de quem veio, amou

depois se foi e no entanto, nunca partiu...

Porque ficou na madrugada nua

e fria...

P. A. S

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