quarta-feira, 1 de fevereiro de 2023

Poesia de Quinta na Usina:Trvas Burlescas:


 

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Sobre as grimpas subi dò Heliconiô,

Montado iio cachaço do demônio;

As Musas deslumbrei com meu tambor,

Os foros conquistei de alto cantor.

Com odes, d'improviso, fiz fracasso,

Deixando o louro Apollo n'hum cagasso!

Os versos recitei com força tal,

Que os ouvintes fugiram p'ra o quintal,

Sentindo lá por dentro tal barulho,

Que no chão cada hum fez seu embrulha

Oh talento da Musa purgativa,

Que á turba confundiste em roda viva!

Na grande e magestosa Faculdade,

Onde provas já dei de habilidade,

Os collegas me encaram respeitosos,

Pelos actos que fiz, maravilhosos;

E n'hum dia que fui á sabbatina

O meu lente espichei—tiníia batina!

Na festa que lá vem de anno em anno,

Do Atheneu, que chamam, P&ülistano,

Já fiz huma tremenda discurseirá,

A* que todos chamaram—babüseira.

Disse cousas que todos se espantaram,

Não sei como patetas hão ficaram!

Oh poder do talento, da razão,

Mais troante què hiim tiro de canhão!

—Cedendo á rija torça quê me pucha

Hum trecho aqui te dou da tãl éstUcha.-

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