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Sobre as grimpas subi dò Heliconiô,
Montado iio cachaço do demônio;
As Musas deslumbrei com meu tambor,
Os foros conquistei de alto cantor.
Com odes, d'improviso, fiz fracasso,
Deixando o louro Apollo n'hum cagasso!
Os versos recitei com força tal,
Que os ouvintes fugiram p'ra o quintal,
Sentindo lá por dentro tal barulho,
Que no chão cada hum fez seu embrulha
Oh talento da Musa purgativa,
Que á turba confundiste em roda viva!
Na grande e magestosa Faculdade,
Onde provas já dei de habilidade,
Os collegas me encaram respeitosos,
Pelos actos que fiz, maravilhosos;
E n'hum dia que fui á sabbatina
O meu lente espichei—tiníia batina!
Na festa que lá vem de anno em anno,
Do Atheneu, que chamam, P&ülistano,
Já fiz huma tremenda discurseirá,
A* que todos chamaram—babüseira.
Disse cousas que todos se espantaram,
Não sei como patetas hão ficaram!
Oh poder do talento, da razão,
Mais troante què hiim tiro de canhão!
—Cedendo á rija torça quê me pucha
Hum trecho aqui te dou da tãl éstUcha.-
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