Há marés
Solitárias
Ondas mansas
Em espumas
De danças
Que borbulham
Nos pés
Em cócegas
Imaginárias
De risos
De esperanças
Há marés
Que escorregam
No meu corpo
Em percursos
Proibidos
De trilhos
E desvios
Desconhecidos
De intimidade
De beijos
Atrevidos
Em peles
De desejos
De poros macios
De felicidade
Há marés
Que não descansam
Balançam
Sempre
Para a frente
E para trás
E quando para mim
Avançam
Numa carícia
De paz
Amansam
A saudade
E a ti me levam
Em ondas
Das distâncias
Com brisas
Das fragrâncias
Perfumadas
De mim
Arrastadas
Nas areias douradas
Destas águas salgadas
De ancoradas
Lembranças
Ai, mar!
Das nuvens brancas
De algodão
Caídas dos céus
Em flocos de coração
Como me encantas
Com os troféus
De plumas
De emoção
De texturas
Serenas
És o papel
Das ternuras
Amenas
Em ondulação
Dos nossos
Trocados
E apaixonados
Poemas!
Luísa Rafael
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