quinta-feira, 5 de janeiro de 2023

Sexta na Usina: Poetas da Rede: Ricardo Melo:


 

Nada de novo

Nada de novo..

Tudo a mesma coisa.

Os mesmos costumes, apesar de adquirir alguns e expulsar os que estão fazendo mal.

Nada vezes, nada...

O mesmo trabalho, a mesma jornada.

Dormir, acordar, caminhar, seguir, amar, perdoar, passear, viajar, vigiar.

Essa, é a vida de todos.

Uns com muito, outros sem nada.

Por isso, não sou muito fã de comemorar  aniversários, festas, multidões, natais e nem ano novo.

Eu estando em paz e não me faltando água, sal, café, açúcar, pão, arroz e ovo, todo dia para mim é um renovo.

Por isso, oh! Meu povo, á todo segundo eu tiro a máscara do zorro que há em mim.

Gosto do cru para temperar, cozer e comer.

Eu ja vim ao mundo assim, simplificado.

Nada de muitos desgastes.

Creio eu, se eu me desgastar muito, ficarei gastado, cansado, oprimido, entristecido, coisas assim.

Gosto de resumir as discussões com palavras de sabedoria.

Nada de ódio, nem espadas e nem confusões.

O braço que me abraça, pode ser o mesmo que me sufoca e que me mata.

Ou, o que me chama e que me ama.

Exemplo disso, muitos foram abraçados o ano passado.

E os mesmos, tiraram a vida dos seus amados e amadas.

Ricardo Melo

O Poeta que Voa

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