Já
se foram trinta dias de quarentena, e cá estou eu sitiado dentro de mim mesmo.
Refém
das noticias que ultimamente não são nada boas, é constrangedor ver minha pobre
Pátria sendo consumida por um rebanho de alienados.
Vi
o herói salvador, ser transformado em Demônio traidor em questão de segundo, e
o Mito e seus delírios se diluírem em mentiras em rede nacional.
O
jornalismo televisivo já se tornou deprimente, e o facemundo já me dar náuseas.
Depois
de ser bombardeado com notícias
sincronizadas de todos os lados resolvi dá um tempo e relaxar: Então parti para
a velha e boa leitura.
Comecei
com um dos autores que eu mais gostei, pois apesar de ter vivido entre o século
14 e 15, ele se matem atual e suas obras e ideias mais vivas do que nunca:
Então aqui na minha trincheira saquei " O "Elogio da Loucura"
Erasmo de Roterdã, depois; Poemas completos de Alberto Caeiros, (heterônimo de
Fernando Pessoa). Antologia Poética de Augusto dos Anjos, A Divina Comédia
Humana. Dante Alighieri, Brasil Caboclo, Zé da Luz, Os Lusíadas, Luís de
Camões, Dom Quixote, Miguel de Cervantes, e três primorosas obras de Franz
Kafka, etc..
Dai
parti para músicas uma das minhas grandes paixões, e só para registro adoro ler
ouvindo música, dai não demorou e as Plays list das boas rádios já se
esgotaram:
Ouvindo
um pouco de tudo que me vale a pena, Anos 70, 80, 90, Rock e seus derivados,
MPB, forró, samba, bolero, Rapp, Reggae e até um pouco de sertanejo nacional e
estrangeiro, e ao chegar neste esgotamento musical comecei a me preocupar, pois
a possibilidade de mais trinta dias de quarentena me vem a possibilidade de
chegar ao fundo do poço musical do Funk putaria.
Comecei
então avaliando as boas possibilidades, de preferência longe da Tv aberta, pois
já faz um bom tempo que quase tudo lá virou lixo.
Os
canais fechados são incompreensivos, pois você paga para ver a mesma
programação o mês inteiro, eles ficam revezando a mesma coisa entre os canais que sempre pertencem a mesma
rede. Isso mesmo amigo por aqui só muda o número da conta, mas o dinheiro vai
sempre pro mesmo bolso.
Então
parti para Netflix não durou muito e eu já estava nos documentário, consegui ir
até o de Rita Cadilac, e não é que até ficou original e legal ver a pessoa por
trás do mito, virei fã dela, é amigo coisa de quarentena, misturadas com
lembranças da adolescência e por ai vai.
Com
esgotamento do também play list da net flix.
Fui
direto para Amazon prime ai boa parte era novidade, só não muda a expressiva e
o massivo domínio da indústria do álcool e Tabaco, pois nas duas quase todos os
personagens resolvem suas neuras, amarguras e dificuldades se afogando no
álcool e nos sabores dos cigarros da vida.
Não
demorou muito e não tinha mais o que assistir.
Mas
como eu sempre fui um guerreiro que não foge a luta hoje estou recomeçando do
zero e o farei quantas vezes se fizer necessário, mas no poço eu não passo nem
na beira, não depois de ver minha pobre pátria descer a ladeira.
E
eu que pensava que o nosso maior problema era o Covid-19.
Não
que por um momento tinha me esquecido como as coisas funciona por aqui.
E
lá vamos nós começarmos tudo novamente: Impeachment, debates ideológicos que
não levam a lugar nenhum.
E
com uma grande possibilidade que pela primeira vez na história do Brasil,
teremos um general na presidência eleito pelo voto popular.
E
dessa forma me recolho para uma reflexão mais profunda Para tentar entender o
que pode vir depois, mais não tem mais como saber, pois o Brasil se tornou
politicamente imprevisível.
Mas
de uma coisa eu tenho certeza, não importa o que vem depois, pois cá estarei eu
recomeçando sempre tudo outra vez, seja com democracia ou ditadura.
Até
que chegue o dia que alguém desligue o interruptor da luz que sempre me
iluminou e que tudo apague.
Nenhum comentário:
Postar um comentário