domingo, 15 de agosto de 2021

Crônicas De Segunda Na Usina: D'Araújo: Até que a luz se apague:



Já se foram trinta dias de quarentena, e cá estou eu sitiado dentro de mim mesmo.
Refém das noticias que ultimamente não são nada boas, é constrangedor ver minha pobre Pátria sendo consumida por um rebanho de alienados.
Vi o herói salvador, ser transformado em Demônio traidor em questão de segundo, e o Mito e seus delírios se diluírem em mentiras em rede nacional.
O jornalismo televisivo já se tornou deprimente, e o facemundo já me dar náuseas.
Depois de ser bombardeado com  notícias sincronizadas de todos os lados resolvi dá um tempo e relaxar: Então parti para a velha e boa leitura.
Comecei com um dos autores que eu mais gostei, pois apesar de ter vivido entre o século 14 e 15, ele se matem atual e suas obras e ideias mais vivas do que nunca: Então aqui na minha trincheira saquei " O "Elogio da Loucura" Erasmo de Roterdã, depois; Poemas completos de Alberto Caeiros, (heterônimo de Fernando Pessoa). Antologia Poética de Augusto dos Anjos, A Divina Comédia Humana. Dante Alighieri, Brasil Caboclo, Zé da Luz, Os Lusíadas, Luís de Camões, Dom Quixote, Miguel de Cervantes, e três primorosas obras de Franz Kafka, etc..
Dai parti para músicas uma das minhas grandes paixões, e só para registro adoro ler ouvindo música, dai não demorou e as Plays list das boas rádios já se esgotaram:
Ouvindo um pouco de tudo que me vale a pena, Anos 70, 80, 90, Rock e seus derivados, MPB, forró, samba, bolero, Rapp, Reggae e até um pouco de sertanejo nacional e estrangeiro, e ao chegar neste esgotamento musical comecei a me preocupar, pois a possibilidade de mais trinta dias de quarentena me vem a possibilidade de chegar ao fundo do poço musical do Funk putaria.
Comecei então avaliando as boas possibilidades, de preferência longe da Tv aberta, pois já faz um bom tempo que quase tudo lá virou lixo.
Os canais fechados são incompreensivos, pois você paga para ver a mesma programação o mês inteiro, eles ficam revezando a mesma coisa  entre os canais que sempre pertencem a mesma rede. Isso mesmo amigo por aqui só muda o número da conta, mas o dinheiro vai sempre pro mesmo bolso.
Então parti para Netflix não durou muito e eu já estava nos documentário, consegui ir até o de Rita Cadilac, e não é que até ficou original e legal ver a pessoa por trás do mito, virei fã dela, é amigo coisa de quarentena, misturadas com lembranças da adolescência e por ai vai.
Com esgotamento do também play list da net flix.
Fui direto para Amazon prime ai boa parte era novidade, só não muda a expressiva e o massivo domínio da indústria do álcool e Tabaco, pois nas duas quase todos os personagens resolvem suas neuras, amarguras e dificuldades se afogando no álcool e nos sabores dos cigarros da vida.
Não demorou muito e não tinha mais o que assistir.
Mas como eu sempre fui um guerreiro que não foge a luta hoje estou recomeçando do zero e o farei quantas vezes se fizer necessário, mas no poço eu não passo nem na beira, não depois de ver minha pobre pátria descer a ladeira.
E eu que pensava que o nosso maior problema era o Covid-19.
Não que por um momento tinha me esquecido como as coisas funciona por aqui.
E lá vamos nós começarmos tudo novamente: Impeachment, debates ideológicos que não levam a lugar nenhum.
E com uma grande possibilidade que pela primeira vez na história do Brasil, teremos um general na presidência eleito pelo voto popular.
E dessa forma me recolho para uma reflexão mais profunda Para tentar entender o que pode vir depois, mais não tem mais como saber, pois o Brasil se tornou politicamente imprevisível.
Mas de uma coisa eu tenho certeza, não importa o que vem depois, pois cá estarei eu recomeçando sempre tudo outra vez, seja com democracia ou ditadura.
Até que chegue o dia que alguém desligue o interruptor da luz que sempre me iluminou e que tudo apague.

D'Araújo.

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