Fisioterapia! Ah, a fisioterapia.
Eu que pensava que a minha profissão de dentista era o terror da população. Como passo pela situação de dentista e de paciente, tenho a noção do que o caboclo sente quando está na cadeira do dentista. Porém, na fisioterapia, isso não acontece. Cheguei à clínica e fui levado a um local chamado Ginásio (antes de ver, achei que já ia começar jogando bola).
Do lado de fora é uma beleza. Portas de vidro, ar- condicionado, muitas macas, várias pessoas, fisioterapeutas e auxiliares. Muito movimento, mas sem som.
Quando abriram as portas e eu entrei, vi que a con- versa era outra. Um tirinete de gente gemendo, gritando e reclamando de dor.
A fisioterapia é uma tortura educada. Tem conversinha não. Vi dois cabras brutos, desses beradeiros de alta linhagem, que jamais alguém imagina que o cidadão vai gritar de dor, gemendo e gritando de dor.
Esse foi o cartão de visita. Senti-me com a urina es- correndo.
Como era o primeiro dia, achei que ia ser maneiro: um gelo, uns exercícios de alongamento, ultrassom. Que nada! Perguntaram logo se eu tinha pena de mim. Se eu não tiver, quem danado vai ter? Imaginei o que vinha pela frente.
E pegue sofrimento.
Mas não tem nada não. Já estou acostumado: nordes- tino, liso, sem parentes importantes e vindo do interior, torcedor do América/RN (até hoje, a pior campanha da série A) e do Flamengo (ganha, mas não convence nem a mãe de pantanha). Então, segue a vida...
E viva a fisioterapia! (posso falar mal não, porque tem personalidades no IFRN que não posso decepcionar – Antonio Haesbaert, Gracinha, Priscilla Fernandes e Grácia).
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