Thomas More
(1478-1535) foi um político, humanista e diplomata inglês, membro do parlamento
e chanceler no reinado de Henrique VIII. Autor da obra “Utopia”, onde defende
uma sociedade ideal, regida pela lei e pela religião, e critica os males
políticos e econômicos de seu tempo.
Thomas More nasceu
em Londres, Inglaterra, no dia 7 de fevereiro de 1478. Filho do juiz John More,
cavaleiro de Eduardo IV, e de Agnes Graugner. Foi educado para ser padre e com
13 anos foi enviado para Canterbury, onde estudou com o cardeal Morris.
Passou quatro anos
em um mosteiro, mas concluiu que não tinha vocação para o sacerdócio.
Permaneceu profundamente religioso durante toda a sua vida.
Membro do Parlamento
Decidido a seguir os
passos do pai, Thomas More formou-se em Direito na Universidade de Oxford. Em
1504, tornou-se membro do Parlamento. Nesse mesmo ano, casou-se com Jane Colt,
com quem teve quatro filhos.
Viúvo em 1511
casou-se com Alice Middleton. Os debates parlamentares lhe valeram títulos
honoríficos das universidades de Oxford e Cambridge.
Apesar de seus
deveres públicos, More foi um escritor influente. Em 1516, publicou a que se
tornaria sua obra mais importante “Utopia” – uma descrição de uma sociedade
ideal, regida pela lei e pela religião, contrastando com a realidade repleta de
conflitos da política da época. Em 1518, escreveu “A História de Ricardo III”,
considerada a primeira obra-prima da historiografia inglesa.
Utopia
A palavre “utopia”,
que em grego significa “em lugar nenhum”, foi usada por Thomas More para
designar uma ilha imaginária descrita em sua obra, “Sobre o melhor estado de
uma república e sobre a nova ilha Utopia” (1516).
Em sua obra
“Utopia”, More descreve um estado imaginário situado numa ilha, uma Inglaterra
ideal, governada por uma assembleia eleita, responsável por evitar os
desequilíbrios sociais e garantir a igualdade dos cidadãos.
Utopia fez muito
sucesso na época e mais tarde foi
admirada pelos socialistas que a viram como uma crítica poderosa da exploração
econômica pelos estados europeus.
Conselheiro
Particular do Rei
Em 1517, conhecido
pelo talento de jurista, Thomas More entrou para a corte do rei Henrique VIII.
Fez uma carreira brilhante, foi secretário, tradutor, diplomata, conselheiro e
confidente do rei. Em 1521 foi nomeado vice-tesoureiro e sagrado cavaleiro,
como prêmio pela habilidade no desempenho de árduas negociações diplomáticas.
Em 1523, Thomas More
foi eleito Presidente da Câmara dos Comuns, e serviu como importante ligação
com o Lord Chanceler Thomas Wolsey.
Condenação e Morte
Em 1527,
desencadeou-se um conflito que custaria a vida de Thomas More. Henrique VIII,
casado com Catarina de Aragão, que só lhe dera uma filha, e temeroso de morrer
sem deixar descendente masculino, quis casar com outra mulher. Por isso
resolveu por fim, com divórcio, ao casamento que sua religião considerava
indissolúvel.
More, que em 1529,
sucedera o Lord Chanceler do reino, renunciou em 1532, quando compreendeu que
se aproximava a crise definitiva. Negou a assumir a coroação da nova rainha,
Ana Bolena, o que constituiu um agravo ao monarca.
Em 1534 recusou-se
também a reconhecer o rei como chefe supremo da Igreja da Inglaterra, que se
havia separado de Roma. Acusado de alta traição foi preso na Torre de Londres,
julgado e condenado à morte, por decapitação.
Thomas More faleceu em Londres, Inglaterra, no
dia 6 de julho de 1535. Beatificado em 1886 por Leão XIII, foi canonizado em
1935 por Pio X.
Fonte de origem:https://www.ebiografia.com/thomas_more/
Nenhum comentário:
Postar um comentário