Amanhecer
no êxtase de um bode
Depois
de um pós-monumental porre
E
uma irritante voz
A
desejar bom dia
Ignorando
a tremenda mancada
Traduzida
em mal-estar e epilepsia
Notícias
de TV, cenas estúpidas
De
baixarias e mediocridades
E
no planalto,
Vários
planos a nos arrebentar
Tráfico
de drogas, de influências e
cumplicidade
Estado-positivo,
governo-negativo
De
um postal apresentando as capitanias
hereditárias
Que
ainda cultivam
Essa
wave-norte-américa-otária!
E
cai a tarde, réus, vítimas em juízos
A
deformar toda dignidade
E
você sonha com a felicidade
Dizia
o triste que a tristeza é bela
E
o solitário: solidão é fera
Entre
mendigos, shoppings e absurdos
Produz-se
tudo com arbitrariedade
Consolidando
o corporativismo
E
as conseqüências são coincidências
A
despistar
E
as evidências ecoam na noite
Um
escândalo, um homicídio
A
distrair os corações urbanos
E
a destruir a ilusão dos vândalos.
Depois
cigarro, good night, um tapa
Noturna
láctea birinaite atômico
Nas
avenidas cruéis, embates anacrônicos
Epidemia
rima com cólera, malária
E
consumismo sub-reptício
Legitimando
o desejo canalha
Que
ainda cultiva
Essa
wave-norte-américa-otária.
JORDÃO,
Valmir
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