quarta-feira, 9 de setembro de 2020

Poesia de Quinta na Usina: Cruz Sousa: NA MAZURKA:




Morava num palácio — estranha Babilônia De arcadas colossais, 

de impávidos zimbórios, Alcovas de damasco e torreões marmóreos, 

Volutas primorais de arquitetura jônia.
Assim, quando surgia em meio aos peristilos Descendo, qual mulher de Séfora, 

vaidosa, Envolta em ouropéis, em sedas, luxuosa, Cercavam-na do belo os místicos sigilos!
E quando nos saraus, assim como um rainúnculo, O lábio lhe tremia e o olhar, vivo carbúnculo, Vibrava nos salões, como uma adaga turca,
Ou como o sol em cheio e rubro sobre o Bósforo,
— Nos crânios os Homens sentiam ter mais fósforo...
Ao vê-la escultural no passo da Mazurka...

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