
Eis que um dia na mata se banhava Cupido...
e estava nu, inteiramente, Pois que deixara à margem da corrente
O arco terrível e a repleta aljava.
Marília que, às ocultas, o espreitava Só aguarda ocasião...
Marília que, às ocultas, o espreitava Só aguarda ocasião...
E, de repente As armas furta sorrateiramente.
Enquanto o deus as costas lhe voltava. Surgem então as fauces escarninhas
Enquanto o deus as costas lhe voltava. Surgem então as fauces escarninhas
Dos silvanos e sátiros astutos.
Põem-se a vaiar o Amor, sem mais cautelas
- Ah! Temíeis as frechas quando minhas! (E o deus sorri)
Põem-se a vaiar o Amor, sem mais cautelas
- Ah! Temíeis as frechas quando minhas! (E o deus sorri)
Vereis agora, ó brutos. O que Marília há de fazer com elas! (1942)
Nenhum comentário:
Postar um comentário