domingo, 7 de agosto de 2022

Crônicas de Segunda na Usina: Auridan Dantas: CRÔNICA DO COTIDIANO – CASAMENTO ENCHARCADO



Peennnsseee num casamento. Pensou? Esse foi melhor. 
Muita gente na festa de recepção, banda da melhor estirpe e, consequentemente, muita birita. Os amigos do noivo encheram a cara dele “da mardita”. O combinado era: os re- cém-casados dormiriam em um hotel em Natal, e embarcariam para Nova York no outro dia às 14h. Portanto, deveriam estar no aeroporto ao meio-dia. 
Acontece que às 3h da madruga, só estavam no salão de festas o noivo (ou o seu projeto), o irmão, a mãe, a noiva e um amigo do noivo (que é médico, mas também estava só o bocal). 
O recém-casado estava passando mal e foi levado à urgência de um hospital, e a noiva, vendo a situação, pediu para ser logo deixada no hotel. 
O quadro no hospital era uma atração: todo mundo já sabia que um era recém-casado, e que a noiva estava sozinha no hotel esperando por ele. A cena era de dois cabras de pa- letó dormindo nas cadeiras (um tomando o kit biriteiro – plasil, glicose, dramin e soro, e o outro, que deveria ser o auxiliar e vigiar o soro, estava roncando). 
Já amanhecendo o dia, o irmão levou os dois do hospital, e quando chegou ao hotel, o recém-casado sequer conseguiu sair do carro. Então, sem outra opção, o irmão levou o condenado para a casa dos pais. 
Em casa, ele conseguiu sair do carro e fez carreira para o quarto dele (acho que nem se lembrava de que tinha casado). Deitou na cama de paletó e tudo. 
Ocorre que a mãe ao acordar, encontrou o sacana em casa. E pior, na mesma cama estava dormindo o namorado da irmã, e nenhum dos dois se deu conta. A sorte do cunhado foi que estava de banda e com a bunda encostada na parede. 
Escapou por um triz...

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