Já a saudosa Aurora destoucava
Os seus cabellos de ouro delicados,
E as boninas nos campos esmaltados
De crystalino orvalho borrifava.
(CAMÕES.—Soneto.)
Em plácida manhan serena e pura,
Sentado á borda de espaçoso lago;
O corpo recostado em frio marmor,
Tostados membros sobre a terra quedos,
Qual tumido Titão de amor vencido,
Transpondo as serras, iracundos mares,
D'Aurora o berço*perscrutando ouzado,
Dolorosos suspiros exalava
Meu frágil peito da natura escravo.
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