quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

Poesia de Quinta na Usina: Laurindo Ribeiro:



O CEGO DE AMOR 15

Pensam que vejo, não vejo,
Não vejo, que cego estou;
De que me servem os olhos,
Se minha luz se apagou?
Ah! não deixes que me perca
Nesta imensa escuridão;
Ó anjo que me cegaste,
Vem ao menos dar-me a mão.
Ao avistar-te nos olhos
A luz divina senti,
E por perder-te de vista, A minha vista perdi.
Ah! não deixes...
Se eu cair, dá-me teus braços,
Dá-me pelo amor de Deus,
Que talvez recobre a vista
Caindo nos braços teus.
Ah! não deixes...





Nenhum comentário:

Postar um comentário