V
E desde
então existo, mas não vivo;
Só tenho
sentimento
Nesse elo
fatal por onde a vida
Se prende
ao sofrimento.
Vi na
infância relâmpago afogado
Em negra
escuridão;
De amor
nas breves ditas vil mentira,
Na glória
uma ilusão.
Eis porquê, dos prazeres desquitado,
O rosto em pranto inundo;
Tudo odeio, e pareço desposado
Com seres doutro mundo.
E na
verdade o estou: pena minh’alma
Nas
sombras da amargura...
Homens!
fugi de mim; não vos pertenço —
Sou outra
criatura.
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